Transubstanciação é a
conjunção de duas palavras latinas:
trans (além) e substantia (substância), e significa a mudança da
substância do pão e
do vinho
na substância do Corpo e sangue de Jesus
Cristo no ato da consagração.
Isto significa que esta doutrina defende e acredita na presença real de Cristo na Eucaristia.
É adotada pela Igreja Católica. A Igreja Ortodoxa,
Igreja Anglicana , Igreja Luterana e Igrejas
Calvinistas, crêem na presença real mas não na transubstanciação.
A crença da
transubstanciação se opõe à da consubstanciação, que prega que o pão e o vinho
se mantêm inalterados, ou seja, continuam sendo pão e vinho.
Na
Igreja Católica Romana
O dogma da Transubstanciação
baseia-se nas passagens do Novo Testamento em que Jesus diz no discurso do Pão da Vida: O Pão que eu hei de
dar é a minha Carne para Salvação do mundo; O meu corpo é verdadeiramente uma
comida e o meu sangue é verdadeiramente uma bebida,1 e no
fato de que Jesus, ao tomar o pão em suas mãos na Última Ceia,
deu a seus discípulos dizendo: Tomai todos e comei. Isto [o pão] é o meu
Corpo, que é entregue por vós afirmada como união do fiel à Cristo, de maneira
analógica à união da vida trinitária: Assim como o Pai, que vive, Me enviou
e Eu vivo pelo Pai, assim também o que Me come viverá por Mim. A primeira
vez que Jesus anunciou este alimento, os ouvintes ficaram perplexos e
desorientados, e Jesus insistiu na dimensão das suas palavras: Em verdade,
em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o
seu sangue, não tereis a vida em vós. A Igreja ensina que há uma
transformação da substância, mas não dos acidentes, ou seja, os acidentes como
odor, sabor, textura, forma, cor permanecem, mas já não são mais pão e vinho e
sim corpo e sangue, por um milagre de Cristo ao proferir as palavras sagradas.
Substância significa o
que faz uma coisa ser ela mesma, ou seja, sua essência; por exemplo, a forma de
um chapéu não é o chapéu próprio, nem é sua cor, nem é seu tamanho, nem é sua
aspereza, nem qualquer outra coisa sobre o chapéu perceptível aos sentidos. O
chapéu próprio (a "substância") tem a forma, a cor, o tamanho, a
aspereza e as outras aparências, mas é distinto dessas. As aparências, que são
referenciadas pelo termo filosófico acidentes, são perceptíveis aos
sentidos, mas a substância não é.
Quando em sua última
ceia Jesus disse: isto é meu corpo, o que ele tinha em suas mãos tinha
todas as aparências do pão. Entretanto, a Igreja acredita que a realidade
subjacente foi mudada de acordo com o que Jesus disse, e que a substância
do pão foi convertida à substância de seu corpo. Ou seja, era realmente seu
corpo, mesmo que todas as aparências que são abertas aos sentidos ou à
investigação científica sejam ainda aquelas do pão, exatamente como antes.
A Igreja acredita
que a mesma mudança da substância do pão e do vinho ocorre em cada celebração
da Eucaristia.
O pão é mudado no Corpo de Jesus; mas dado que Jesus, ressuscitado dos mortos, está vivendo, não
somente seu corpo está presente, mas Jesus ao todo, corpo e sangue, alma e
divindade. O mesmo é verdadeiro para o seu sangue.
Para a Igreja, por
meio da transubstanciação Cristo está realmente, verdadeiramente e
substancialmente presente sob as aparências remanescentes do pão e do vinho. A
transformação permanece pelo tempo em que as aparências remanescerem. Por esta
razão os elementos consagrados são preservados, geralmente em um tabernáculo,
para que a Sagrada Comunhão possa ser dada aos doentes ou a quem está morrendo
e também, de forma secundária mas ainda muito estimada, para a finalidade de
adoração.
O conceito de
transubstanciação é acompanhado pela distinção inequívoca entre substância,
ou realidade subjacente, e acidente, ou perceptível pela aparência. Isso
salvaguarda ao que é considerado pela Igreja como dois erros mutuamente
opostos: o primeiro seria considerar que a presença de Cristo na Eucaristia é
meramente figurativa (pois a mudança da substância é real); o segundo seria a
interpretação de que se come canibalisticamente a carne corpórea e o sangue de
Cristo (pois os acidentes permanecem reais, não uma ilusão).
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