Teresa de
Lisieux (Alençon, 2 de janeiro de 1873
— Lisieux,
30 de setembro
de 1897)
foi uma religiosa
carmelita francesa
e Doutora da Igreja. É conhecida como Santa
Teresa do Menino Jesus e da Santa Face ou, popularmente, Santa Teresinha.
Nascida Marie
Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Teresa Martin), era filha de Louis Martin e Zélie Guérin. Quando
nasceu, era muito franzina e doente e, desde o nascimento, exigia muitos cuidados.
Aos dois anos de idade, Teresa já tem
ideia de seguir a vida religiosa, para grande alegria da sua mãe, mas para
desgosto do seu tio Isidore Guérin (seu futuro tutor sub-rogado).
Em agosto de 1876, sua mãe toma
conhecimento de que padece de câncer. Quando falece, seu pai muda-se com as
quatro filhas para Lisieux em 1877.
A prematura morte da
sua mãe, quando tinha apenas quatro anos, fez com que Teresa se apegasse a sua
irmã Pauline, que elegeu para sua "segunda mãe". A repentina entrada
dessa irmã no Carmelo
fez a jovem Teresa adoecer. Curada por intercessão da ‘Virgem do Sorriso’, Imaculada Conceição por quem seus pais tinham
afeição, tomou uma forte resolução de entrar para o Carmelo.
Estudou no colégio
feminino da Abadia das Monjas Beneditinas de Lisieux, por cinco anos, participando da Congregação Mariana para moças.
Porém, após sofrer muitas humilhações, saiu do Colégio e passou a receber aulas particulares.
Porém, após sofrer muitas humilhações, saiu do Colégio e passou a receber aulas particulares.
Quase ao completar
quatorze anos, no Natal
de 1886,
Teresa passa por uma experiência que chamou de "noite da minha
conversão": ao voltar da missa e procurar seus presentes, percebe que seu
pai se aborrecia com seu comportamento infantil. A menina decide então a
renunciar à infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força
e coragem para o porvir..
Seis meses depois,
Teresa decide que quer entrar para o Carmelo (Ordem das
Carmelitas Descalças). Como a pouca idade a impede, é levada por
familiares, em novembro de 1887, para uma audiência com o Papa, em Roma, para pedir a
exceção, a chorar, ao Papa Leão XIII, contra a vontade do então Bispo de Lisieux.
Em abril do ano seguinte é finalmente aceita. Concedida a autorização ingressou
em 9 de abril
de 1888 e
tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus.
Fez sua profissão
religiosa, em 8 de setembro de 1890,
e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus et de la Sainte Face, mas
ficou conhecida após sua morte como Thérèse de Lisieux.
Inclinada por
temperamento à calma e a tristeza, Thérèse com lindos cabelos castanhos, olhos
claros e traços delicados, quando escrevia no seu diário “Oh! Sim, tudo me
sorrirá aqui na terra”, atravessava uma época em que experimentava
injustiças e incompreensões. Já atingida pela tuberculose, debilitada nas
forças, não rejeitava trabalho algum e continuava a “jogar para Jesus flores
de pequenos sacrifícios”.
Após seis anos na
ordem, em 1894,
almejando o caminho da santidade, Teresa percebe que não conseguiria pelas tradicionais
mortificação, disciplina e sacrifício observadas pelos santos a quem se dedica
a estudar. Inspirada nas palavras de um padre, Teresa adota a "Pequena
Via", um caminho pequeno e reto para a santidade, que consiste
simplesmente em se entregar ao amor de Jesus Cristo, para que Ele conduza pelo
caminho.
Morreu em 30 de setembro
de 1897,
com apenas 24 anos. Disse, na manhã de sua morte: “eu não me arrependo de me
ter abandonado ao amor”, e na iminência de sua morte disse às religiosas
que estavam à sua volta: "Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!".
No dia 4 de outubro
de 1897, foi sepultada no cemitério de Lisieux.
Teresa escreveu três
manuscritos : chamado manuscrito A no ano de 1895, autobiografia
escrita a mando de sua irmã Paulina, madre Agnese ; chamado manuscrito B
no ano 1897 ; chamado manuscrito C. Ficam admirados também pelo grande
número de cartas enviadas à família e das 54 poesias que compôs.3
A sua irmã, Paulina,
também carmelita, publicou em 1898
os escritos de Santa Teresinha, intitulados "História de uma alma".
No dia 17 de maio
de 1925,
Teresinha foi canonizada pelo Papa Pio XI. O mesmo Papa a declara Patrona Universal das
Missões Católicas em 1927. O
Papa João Paulo II a declara Doutora da Igreja
no dia 19 de outubro de 1997.
Em carta tornada
pública em 1 de outubro de 2007,
o Papa Bento XVI
recordou que "Teresa de Lisieux, sem haver saído de seu Carmelo, (…) viveu
à sua maneira, um autêntico espírito missionário (…) oferecendo ao mundo uma
nova via espiritual lhe obteve o título de Doutora da Igreja. Desde Pio XI
até os nossos dias, os Papas não têm deixado de recordar os laços entre oração,
caridade e ação na missão da Igreja."
No dia 31 de outubro
de 2008,
Dia Mundial das Missões, em Lisieux, na basílica dedicada precisamente à sua filha, os
pais de Santa Teresinha, Luís Martin e Zélia Guérin foram
beatificados pela Igreja, em cerimônia presidida pelo cardeal José Saraiva Martins. Na ocasião Saraiva
Martins conclamou as famílias presentes "para que imitem os dois esposos e
se tornem eles próprios lares santos e missionários." Foi o segundo casal
a ser beatificado pela Igreja Católica.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_Lisieux
Nenhum comentário :
Postar um comentário