Maria
Madalena (em grego: Μαρία ἡ Μαγδαληνή) é descrita no Novo Testamento como uma das discípulas mais dedicadas de Jesus Cristo. É considerada santa pelas por diversas denominações cristãs e sua festa é celebrada no dia 22 de julho.
A Igreja Católica, seguindo São Gregório Magno, além de a identificar como a "pecadora"
de Lucas 8:2,
também a identifica como sendo a mesma Maria de Betânia, irmã de Lázaro, e celebra as "Três Marias"
em uma única festa. A Igreja Ortodoxa, ao contrário, seguindo Orígenes,
distingue as três figuras, celebrando três festas diferentes, nomeadamente no
segundo domingo após a Páscoa.
O nome de Maria Madalena a descreve
como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia.
Maria Madalena no Novo Testamento
Ela
acreditava que Jesus Cristo
realmente era o Messias. (Lucas 8:2; Lucas 11:26; Marcos 16:9). Esteve
presente na crucificação e no
funeral de Cristo, juntamente com Maria de
Nazaré e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19:25). No
sábado após a crucificação, saiu do Calvário rumo a Jerusalém com
outros crentes para poder comprar certos perfumes a fim de preparar o corpo de
Cristo da forma como era de costume funerário. Permaneceu na cidade durante
todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda
estava escuro", foi ao sepulcro, achou-o vazio, recebeu de um anjo a
notícia de que Cristo havia ressuscitado e
foi-lhe dito que devia informar tal fato aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-11; Lucas 24:1-10; João 20:1-2). Nada mais se sabe sobre ela a partir da
leitura dos evangelhos
canônicos.
Em Lucas 8:2, faz-se
menção, pela primeira vez, de "Maria, chamada Madalena, da qual saíram
sete demônios". Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la
como a prostituta
arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção
de que tenha sido prostituta. Este episódio é frequentemente identificado com o
relato de "Maria
aos pés de Jesus" em Lucas, ainda que não seja referido o nome
da mulher em causa.
Teorias
Alguns
escritores e estudiosos contemporâneos, principalmente Margaret George, Henry
Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada (1982),
e Dan Brown autor do
romance O Código
da Vinci (2003), narram Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que teve
com ele, inclusive, filhos. Nessas narrações, tais fatos teriam sido escondidos
por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos.
Estes
escritores teriam baseado suas afirmações nos Evangelhos Canônicos e nos livros
apócrifos do Novo Testamento, além
dos escritos gnósticos. Segundo
os evangelhos aceitos pela Igreja Católica, Jesus Cristo, o suposto "filho
de Deus", não veio à Terra para se casar com uma humana e muito menos ter
filhos com ela. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não
foi e nem poderia ter sido a esposa de Jesus Cristo.
Tornou-se
muito célebre, com a divulgação do livro de Dan Brown, o argumento de que na
tela A
Última Ceia, de Leonardo
da Vinci, a personagem que está à sua direita, com traços femininos, seja Maria
Madalena e não o apóstolo João, como outros defendem. O facto de Jesus não
envergar nenhum cálice - o Graal - poderá
levar a interpretações que consideram "flagrantemente abusivas" do
ponto de vista histórico e religioso, como acreditar que Maria Madalena é, de
facto, o "cálice sagrado" onde repousa o "sangue de Cristo"
ou seja, que ela estaria grávida de Jesus Cristo.
Praticamente
todos os teólogos e
historiadores sérios consideram inaceitável e totalmente destituída de qualquer
credibilidade a história narrada no romance fictício de Dan Brown. Argumentam
que Leonardo
da Vinci se inspirou no Evangelho de João (em João 21:20), num
trecho que fala do "discípulo amado" -
que seria o próprio apóstolo João - e não propriamente nas passagens referentes
à instituição da Última Ceia, sendo São João
Evangelista apresentado como o jovem imberbe pintado ao lado de Cristo na
célebre obra renascentista.
A face
feminina de Deus, como o foi Ísis e Eurídice, a
representação da Sofia grega, que Pitágoras e Parmênides encaravam como a uma
deusa é representada por Maria Madalena e o seu histórico banimento. Não basta
aceitar e declarar a união espiritual da Madalena e de Jesus, para Margareth
Starbird, é necessário reconhecer o papel arquetípico da sua união, uma união
sagrada que também ocorreu no plano físico. [carece de fontes?]
O Evangelho de Maria Madalena
O Evangelho
de Maria Madalena traz uma nova interpretação de quem teria sido
Maria de Madalena.. Segundo este evangelho, ela teria sido uma discípula de
suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria
passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela
surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do
que os demais.
Em julho
de 2015 foi revelado o rosto de Maria Madalena, reconstruído digitalmente
através de imagens do seu cranio exposto na França usando a técnica de Fotogrametria. O
projeto foi realizado pela Equipe Brasileira de Antropologia Forense e
Odontologia Legal (Ebrafol) com a contribuição do designer 3D Cícero Moraes.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Madalena
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