Palavras de Jesus Cristo

Jesus Falou: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim" João 14,6

terça-feira, 9 de julho de 2013

A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS




A Transfiguração de Jesus é um episódio do Novo Testamento no qual Jesus é transfigurado (ou "metamorfoseado") e se torna "radiante" no alto de uma montanha. Os evangelhos sinóticos (Mateus 17:1-9, Marcos 9:2-8 e Lucas 9:28-36) e uma epístola (II Pedro 1:16-18) fazem referência ao evento1 . Nestes relatos, Jesus e três de seus apóstolos vão para uma montanha (conhecida como Monte da Transfiguração). Lá, Jesus começa a brilhar e os profetas Moisés e Elias aparecem ao seu lado, conversando com ele. Jesus é então chamado de "Filho" por uma voz no céu - presumivelmente Deus Pai - como já ocorrera antes no seu batismo1 .
A Transfiguração é um dos milagres de Jesus nos evangelhos, diferente dos demais pois, neste caso, o objeto do milagre é o próprio Jesus . Tomás de Aquino considerava a Transfiguração como o "maior dos milagres", uma vez que ele complementou o batismo e mostrou a perfeição da vida no céu. A Transfiguração é também um dos cinco grandes marcos da vida de Jesus na narrativa dos evangelhos (os outros são o batismo, a crucificação, a ressurreição e a ascensão).
Na doutrina cristã, o fato de a Transfiguração ter ocorrido no alto de uma montanha representa o ponto onde a natureza humana se encontra com Deus: o encontro do temporal com o eterno, com o próprio Jesus fazendo o papel de ponte entre o céu e a terra.

NARRATIVA BÍBLICA

Nos evangelhos sinóticos, o relato da transfiguração acontece aproximadamente no meio da narrativa . Ele é um episódio muito importante e aparece logo depois de um outro também de grande importância, a chamada "Confissão de Pedro": "Você é o Cristo", servindo como mais uma revelação da identidade real de Jesus como Filho de Deus para alguns de seus discípulos.
Nos evangelhos, Jesus levou Pedro, Tiago, filho de Zebedeu, e João consigo até o alto de uma montanha cujo nome não é mencionado. Lá, Mateus 17:2 afirma que Jesus "Foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz." Neste momento, os profetas Elias e Moisés aparecem e Jesus começou a conversar com eles. Lucas 9:32 é mais específico e afirma que os apóstolos "viram a sua glória".
No momento que Elias e Moisés começaram a desaparecer, Pedro pergunta a Jesus se os discípulos deveriam armar três barracas para ele e para os dois profetas. Esta pergunta tem sido interpretada como uma tentativa de Pedro de manter os profetas ali por mais algum tempo. Contudo, antes que Pedro pudesse terminar, uma nuvem brilhante apareceu e uma voz nas nuvens disse: "Este é o meu Filho, o meu escolhido, ouvi-o." O discípulos se prostraram tementes, mas Jesus se aproximou e tocou-os pedindo-lhes que não tivessem medo. Quando os discípulos olharam para o alto, já não viram mais Elias e Moisés.
Quando Jesus e os três apóstolos estavam descendo da montanha, Jesus pediu-lhes que não contassem para ninguém sobre "esta visão" até que o "Filho do homem" tivesse "ressuscitado dos mortos". Os três então questionam entre si o que Jesus quis dizer com "ressuscitado dos mortos". Além do relato principal dos evangelhos sinóticos, em II Pedro 1:16-18, o apóstolo Pedro se auto-descreve como testemunha ocular da "majestade" de Jesus.
Em outros trechos do Novo Testamento, a referência de Paulo de Tarso em 2 Coríntios 3:18 à "transformação" através da "imagem de glória em glória" se tornou a fonte teológica para considerar a transfiguração como a base para o processo que leva o fiel ao conhecimento de Deus.
Embora Mateus liste o discípulo João como estando presente à transfiguração, o Evangelho de João não faz menção ao evento, excetpo, pela opinião de alguns estudiosos, de que ele parece fazer uma alusão ao fato em João 1:14,20 . Este fato deu origem a um debate entre os acadêmicos, com alguns duvidando da autoria do Evangelho de João e outros tentando explicar esta omissão. Uma explicação (que remonta a Eusébio de Cesareia, no século IV) é que João teria escrito seu evangelho de forma a não ter muitas sobreposições com os evangelhos sinóticos, complementando-os. Além disso, a Transfiguração não é o único evento que não está presente no quarto evangelho - a instituição da Eucaristia durante a Última Ceia é outro exemplo chave - o que parece reforçar a tese de que a inclusão de episódios em João foi de fato seletiva.





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