Os Três Reis Magos, ou simplesmente Reis Magos ou Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi), na tradição da religião cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho segundo Mateus, onde se afirma que teriam vindo "do leste" para adorar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes foram registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não tenha especificado seu número. São figuras constantes em relatos da natividade e nas comemorações do Natal.
DESCRIÇÃO
Belchior (também Melchior
ou Melquior), Baltazar e Gaspar, não seriam reis nem necessariamente
três mas sim, talvez, sacerdotes da religião
zoroástrica da Pérsia
ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos
presentes oferecidos. Não há relatos biblicos sobre o nome dos magos.
Talvez fossem
astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a
região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos sabendo que se tratava
do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes
em Jerusalém na Judeia.
Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes
alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem,
falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de
matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se
passado algum tempo, por causa da distância percorridas, assim a tradição
atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.
A estrela, conta o
evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E
vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mateus 2:10). "Os Magos
ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso
e mirra,
cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação
dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras
especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode
representar a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito,
quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade
de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o
incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim
como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra,
resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo,
nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio,
sendo que um composto de mirra e aloés
foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19:39-40), sendo que
estudos no Sudário de Turim encontraram estes produtos.
ADORAÇÃO
DOS MAGOS
A narrativa no Evangelho de Mateus segue:
«Entrando na casa, viram o menino, com Maria sua mãe. Prostando-se, o adoraram; e
abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.
Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de
Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.» (Mateus 2:11-12)
Nada mais a
Escritura diz sobre essa história, não havendo também quaisquer outros
documentos históricos sobre eles.
Uma descrição dos
reis magos foi feita por São
Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta
et Colletanea” assim relata:
Belquior era velho de setenta anos, de cabelos
e barbas brancas, tendo partido de Ur,
terra dos Caldeus.
Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e
partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio.
E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com
quarenta anos, partira do Golfo Pérsico,
na Arábia Feliz
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