27. novembro 2008 · 1 comment ·
Categories: Sacramentos ·
Tags: óleo, doenças, Espírito Santo, ministrar, sacramento, Unção dos Enfermos
A constituição apostólica “Sacramuncionem infirmorum”, de 30 de novembro
de 1972, seguindo o Concílio Vaticano II (cf. SC 73), estabeleceu que
doravante, no rito romano, se observe o seguinte:
“O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido às pessoas acometidas de
doenças perigosas, ungindo-as na fronte e nas mãos com óleo devidamente
consagrado – óleo de oliveira ou outro óleo extraído de plantas -, dizendo uma
só vez: “Por esta santa unção e por sua piíssima misericórdia, o Senhor venha
em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto de teus
pecados, Ele te salve e, em sua bondade, alivie teus sofrimentos” (CDC, cân.
847, 1)”.
O Catecismo da Igreja ensina que: “O sacramento da Unção dos enfermos
tem a finalidade de conferir uma graça especial ao cristão que está passando
pelas dificuldades inerentes ao estado de enfermidade grave ou de velhice”
(§1527). E que “o tempo oportuno para receber a sagrada unção é certamente
aquele em que o fiel começa a encontrar-se em perigo de morte devido à doença
ou à velhice” (§1528). “Cada vez que um cristão cair gravemente enfermo, pode
receber a sagrada unção. Da mesma força, pode recebê-la novamente se a doença
se agravar” (§1529).
Os diáconos não podem ministrar a Unção dos Enfermos; apenas os
sacerdotes (Bispos e presbíteros). O essencial da celebração deste Sacramento
consiste na unção da fronte e das mãos do doente (no rito romano) ou de outras
partes do corpo (no Oriente), unção acompanhada da oração litúrgica do
presbítero celebrante, que pede a graça especial deste Sacramento.
A Constituição “Sacrosantum Concilum” sobre a liturgia, do Concílio
Vaticano II, ensina que: “Além dos ritos separados da Unção dos Enfermos e do
Viático [Eucaristia], faça-se um rito conjunto pelo qual se administre a unção
ao enfermo depois da Confissão e antes da recepção do Viático” (SC, 74).
“O número de Unções se acomode às circunstâncias. As orações que
acompanham a cerimônia de Unção dos Enfermos sejam revistas a fim de
corresponderem às várias condições dos enfermos que recebem este Sacramento”
(SC, 75). O Sacramento da Unção dos Enfermos pode ser recebida mais de uma vez
se necessário; se por acaso um doente grave que recebeu a Unção recuperar a
saúde, pode, em caso de recair novamente em doença grave, receber de novo este
Sacramento. Mesmo durante a mesma enfermidade grave, este Sacramento pode ser
repetido se a doença se agravar. É também permitido que se receba a Unção dos
Enfermos antes de uma cirurgia de alto risco, ou no caso de uma pessoa de idade
avançada que vai ser operada, devido à idade avançada e fragilidade.
O Catecismo da Igreja relembra que: “É dever dos pastores instruir os
fiéis sobre os benefícios deste Sacramento. Que os fiéis incentivem os doentes
a chamar o sacerdote para receberem este Sacramento. Que os doentes se preparem
para recebê-lo com boas disposições, com a ajuda de seu pastor e de toda a
comunidade eclesial, que é convidada a cercar de modo especial os doentes com
suas orações e atenções fraternas” (§1516).
Não se deve deixar que um doente grave venha a falecer sem receber a
Unção dos Enfermos; muitas vezes isto acontece porque a família se descuida de
cuidar espiritualmente do enfermo ou porque fica com medo de assustá-lo; o
sacerdote saberá preparar o doente psicologicamente para receber o Sacramento
em paz.
Fonte:
https://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/11/27/quando-se-deve-ministrar-a-uncao-dos-enfermos/
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