De acordo
com a Bíblia hebraica,
Ezequiel (em hebraico: יְחֶזְקֵאל,
transl. Y'khizqel,
IPA: [jəħ.ezˈqel]),
"A Força de Deus ou Deus Fortalece", de חזק, khazaq, IPA: [kħaˈzaq],
"força", e אל, el, IPA: [ʔel],
"Deus"), foi um sacerdote que profetizou por 22
anos durante o século VI a.C., através
de visões que teve durante o exílio da Babilônia, tal
como registrado no Livro de Ezequiel.
O cristianismo vê
Ezequiel como um profeta, e o judaismo
considera o seu livro como parte de seu cânone,
considerando-o o terceiro dos principais profetas. O islamismo fala de
um profeta chamado Dhul-Kifl, que costuma
ser associado com Ezequiel.
Vida
Ezequiel,
era um sacerdote[1] que foi
chamado para profetizar durante o Exílio do povo judeu na Babilônia, tendo
exercido sua atividade entre os anos 593 a 571 AC[1]. Diz-se
que fundou uma escola de profetas e que ensinava a Lei à beira
do Rio Quebar[2] que
corta a cidade de Babilônia.
São curiosas
as visões que o profeta teve
sobre a glória de Jeová e os sinais que aconteceram em sua própria vida
demonstrando que as ações de Deus são fortes e marcantes. Ezequiel perdeu a sua
esposa como sinal da queda de Jerusalém.
A
comunidade, em meio à qual ele vivia, acreditava que em breve tudo voltaria a
ser como antes, para seus contemporâneos o projeto de Deus era mero sistema que
lhe dava segurança. Ezequiel, no entanto, sabe que o sistema passado estava agonizando
de maneira irrecuperável, pois Jerusalém seria
destruída.
Segundo
ele, a sociedade sofria de doença crônica e incurável, pois havia abandonado o
projeto de Jeová em troca
de uma vida luxuosa e fascinante. Por isso, Ezequiel vê o próprio Deus deixando
o Templo (11:22-24) e largando os rebeldes ao bel-prazer dos amantes.
Isso era
causa de sofrimento para o profeta, mas não
de desânimo e desespero. Para ele, o futuro seria de ressurreição (caps. 36-37)
e novidade radical. Com sua linguagem
simbólica, Ezequiel indicava os passos para a construção do mundo novo:
Assumir a
responsabilidade pelo fracasso histórico de um sistema que se corrompeu
completamente, provocando a ruína de toda a nação.
Compreender
que a simples reforma de um sistema corrompido não gera nenhuma sociedade nova;
apenas reanima o velho sistema que, cedo ou tarde, acabará sempre nos mesmos
vícios.
Converter-se
a Jeová,
assumindo o seu projeto; e, a partir daí, construir uma sociedade justa e
fraterna, voltada para a liberdade e a vida.
Com esse
programa profético, vislumbrava-se um futuro novo: Deus voltaria para o meio de
seu povo (43:1-7), provocando o surgimento de uma sociedade radicalmente nova.
Aí todos poderão participar igualmente dos bens e decisões que constroem a
relação social a partir da justiça. Desse modo, todos poderão reconhecer que a
partir desse dia, o nome da cidade será: Jeová está aí
(48:35).
A
doutrina deste profeta tem por núcleo a renovação interior: é preciso criar
para si um coração novo e um espírito novo (18:31); ou ainda, o próprio Deus
dará "outro" coração, um coração "novo", e infudirá no
homem um espírito "novo" (11:19; 36:26.
Uma
curiosidade sobre Ezequiel é que ele e o profeta Daniel são os únicos além de
Jesus que foram chamados de filho do homem.
Ezequiel
dá origem à corrente apocalíptica, suas
grandiosas visões antecipam as de Daniel e as do
autor de Apocalipse.
Ezequiel e o Proposito do seu Livro
O
propósito das profecias de Ezequiel foi duplo (1) entregar a mensagem divina do
juízo ao povo apóstata de Judá e Jerusalém (1-----24) e às sete nações
estrangeiras ao seu redor (25---32); e (2) conservar a fé do Remanescente fiel
a Deus no exílio,concernente à restauração de seu povo segundo o concerto e à
gloria final do reino de Deus (33---48).O Profeta também ressaltava a
responsabilidade pessoal de cada indivíduo diante de Deus, ao invés de somente
culpar os antepassados e seus pecados como a causa do exílio como
julgamento(18.1-32;33.10-20)
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ezequiel
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