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Jesus Falou: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim" João 14,6

quarta-feira, 3 de julho de 2013

HISTÓRIA DE PAULINA JARICOT



Paulina Jaricot nasceu em Lião (França) a 22 de julho de 1799, de uma família proprietária de uma fábrica de seda. Desde a sua infância recebeu profunda educação cristã. Após grave enfermidade e morte da mãe, em 1816, Paulina resolveu “servir somente a Deus”. Nesta oportunidade, fez voto privado de castidade e adoptou um estilo de vida e de vestir das mais pobres operárias. Por meio de seu querido irmão, Filéias, seminarista do Seminário de Saint-Sulpice, em Paris, onde se preparava para ser missionário na China, Paulina toma conhecimento e mantém-se informada da situação difícil das missões. Paulina, além de esforçar-se em dar a conhecer as necessidades das missões (pertencia também à Associação dos Padres das Missões Estrangeiras), amadurecia em sua mente algo mais orgânico que poderia suscitar o entusiasmo e evoluir interiormente; algo, inclusive, que pudesse envolver todos os católicos e ser uma verdadeira ajuda para todas as missões indistintamente.
Ao aparecer o grande projecto de Paulina Jaricot, que um dia se converteria na Obra da Propagação da Fé, seu irmão Filéias, recém ordenado sacerdote, sugere à irmã que se consagre, inteiramente, a uma actividade organizada em favor das missões. “A minha vocação – escrevia Paulina – impedia-me de fixar a minha atenção apenas numa obra até o ponto de esquecer-me das demais… Desejo permanecer livre para poder ir onde as necessidades são maiores”. Suas outras obras foram: o Rosário Vivo (1826), a Obra de Boa Imprensa (bibliotecas populares e volantes, 1826), o Banco do Céu (1830), a Congregação de Filhas de Maria (1831).
O mundo católico considera Paulina Jaricot como uma mulher de extraordinária têmpera de alma e de ampla visão das necessidades da Igreja; uma mulher verdadeiramente amante da Igreja, que viveu quase sempre incompreendida, combatida, caluniada e até perseguida pelos superiores. Paulina era de temperamento prático: todas as suas iniciativas revelam um espírito sumamente realista, capaz de dar corpo e vida a uma ideia. Suas actividades, são aparentemente simples e susceptíveis de serem atribuídas a qualquer pessoa, denotavam, porém, uma percepção exacta da realidade social e espiritual de seu tempo.
As autoridades eclesiásticas, que repetidamente recomendaram a Obra aos Bispos, sacerdotes e fiéis, reconhecendo em Paulina Jaricot um instrumento dócil, generoso e heróico da Divina Providência para a evangelização, introduziu a causa da Beatificação, em 18 de janeiro de 1830. Em 25 de fevereiro de 1963, o Papa João XXIII assinou o decreto que proclama a heroicidade das virtudes de Paulina Maria Jaricot. Por isso a declarou “Venerável”, o que significa que a Igreja se compromete em beatificá-la. Porém, um milagre, fruto de sua intercessão é a condição, normalmente, necessária.

       A França encontrava-se em momentos difíceis para a missão. Sofria as consequências da Revolução Francesa, das posteriores guerras napolitanas, dos movimentos laicistas e racionalistas: encerramento de seminários, dissolução dos institutos religiosos, paróquias sem pastores, empobrecimento do povo. Mas este foi o ambiente e o momento escolhido pelo Espírito Santo para o despertar de um novo vigor missionário na Igreja, por meio da jovem Paulina Jaricot. Paulina Jaricot (1799-1862), nasceu em Lião, França, filha de fabricantes de seda. Desde pequena entrou em contacto com as missões na China e na Ásia oriental conhecendo as suas imensas necessidades. Concebe um plano de ajuda aos missionários e expõe-no às colegas operárias da fábrica onde trabalhava. Apresenta o plano ao vigário geral da diocese de Lião que lhe responde: “adiantaria mais você encontrar um bom marido ou entrar num convento…” Mas Paulina continuou sua obra com o grupo de amigas. Reúne-se com as colegas operárias e rezam. Constituem-se, primeiramente, numa associação das Reparadoras. Unem-se a outras iniciativas semelhantes e fundam a Obra da Propagação da Fé, para ajudar, com a oração e esmolas, a obra da evangelização em todas as missões.
      Esta Obra recebeu, desde o início, apoio dos Papas e foi acolhida pelos bispos em suas dioceses. O Papa Gregório XVI, na encíclica “Probe nostis” (1840), diz que é uma “Obra verdadeiramente grande e muito santa”: Leão XIII, apoiou e contribuiu na difusão universal da Obra da Propagação da fé dedicando-lhe duas encíclicas: “Sancta Dei Civitas” (1880) e “Christi Nomen” (1894). Entre todas as Obras, diz Leão XIII, a Propagação da Fé ” destaca-se e e brilha entre todas elas”. Pio X qualificou-a como “eminentemente católica e a principal instituição para a dilatação do Reino de Deus”. Bento XV, na encíclica “Maximum illud” (1919), a primeira Carta magna da atividade missionária lança fundamentos sólidos para a missiologia. Apresenta oficialmente as 4 Obras e recomenda-as aos bispos como a primeira Obra Missionária eficaz para ajudar todas as missões.
       O carácter universal desta Obra obteve muita simpatia desde o início. Agora, como organismo oficial da Igreja para a cooperação missionária, abriu-lhe as portas de todas as dioceses, paróquias, movimentos e famílias cristãs. Porém é com o Concílio Vaticano II que esta Pontifícia Obra Missionária, junto com as outras três, adquire a verdadeira importância, como instrumento local e prioritário da Papa, do Colégio Episcopal para a cooperação missionária da oração, da doação pessoal e das ajudas materiais para toda a Igreja. Todo o povo cristão é chamado a cooperar espiritual e materialmente na acção missionária. Repete-se o que aconteceu no início da Igreja: todo o povo participava na difusão do Evangelho.
       Pio XI, em 1922, no centenário da fundação desta Obra, por um Motu próprio transferiu sua sede de Lião para Roma, no Palácio da Propagação da Fé, constituindo-a como “organismo oficial da Santa Sé para a cooperação missionária, recolhendo as ofertas dos fiéis de todo o mundo para as repartir entre todas as Missões”.

Fonte: https://www.opf.pt/paulina-jaricot/

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