Santo Inácio de Antioquia, bispo
e mártir, foi discípulo de São João e sagrado bispo por São Pedro e morto no
Coliseu de Roma, devorado por leões.
Origens
Nascido provavelmente na
Síria, algumas fontes dizem que ele teria sido a criança que Jesus colocou no
meio dos discípulos e disse: “Se não vos tornardes como uma criança não
entrareis no Reino dos Céus...” (Mt 18, 1-6). Inácio representa a segunda
geração dos Apóstolos, tendo conhecido São Pedro, São Paulo e São João, tendo
sido discípulo deste último. Sagrado bispo de Antioquia, a terceira maior
cidade do império romano, mencionada várias vezes no livro dos Atos dos
Apóstolos. Foi lá que os seguidores de Cristo foram chamados de “Cristãos” pela
primeira vez (At 11, 26). Inácio governou a comunidade cristã de Antioquia por
40 anos. Ali, destacou-se pela santidade, pela mística profunda e pela grande
liderança que exercia sobre os fiéis.
Perseguição
Pelo fato de Inácio ser uma
liderança de grande destaque, o imperador Trajano, grande perseguidos dos
cristãos, resolveu prendê-lo, no intuito de fazê-lo negar a fé e, assim,
desencorajar o cristianismo crescente. Assim, no ano 106, Inácio foi preso por
um destacamento de dez soldados romanos e forçado a negar sua fé em Cristo.
Como preferiu a morte a negar Jesus, foi enviado a Roma para ser jogado aos
leões no Coliseu.
Viagem gloriosa
Algemado e guardado por 10
soldados romanos, Inácio de Antioquia foi levado de navio. Os cristãos, sabendo
a rota dos navios, anteciparam-se e esperaram por ele nos portos onde o navio
deveria parar. Por isso, em todos os portos, multidões de fiéis esperavam para
ver o bispo santo, receber sua bênção e rezar por ele. Os soldados permitiam
esse contato pensando que, com a morte do líder em Roma, o cristianismo fosse
perder toda essa força.
Cartas
Durante a viagem, mesmo sendo
duramente maltratado pelos soldados, Santo Inácio de Antioquia escreveu sete
cartas, ou epístolas que são tidas como verdadeiras preciosidades do
cristianismo primitivo. São elas: Epístola a Policarpo de Esmirna (jovem bispo
de Esmirna com quem Inácio se encontrou nesta viagem), aos Efésios, aos
Magnésios, aos Esmirniotas, aos Filadélfos, aos Trálios e aos Romanos. Essas
cartas revelam a espiritualidade profunda de Inácio, baseada na Eucaristia e na
união mística com Jesus Cristo. As cartas revelam também um coração apaixonado
por Jesus, a ponto de entregar sua vida por Ele. Aos cristãos de Roma, ele
pediu que não interviessem por sua libertação, pois queria ser jogado aos leões
como testemunha de Jesus Cristo. Inácio chamava a Eucaristia de "o
remédio da imortalidade". Também a designou como o "antídoto
da morte". Sobre a libertação do mal, ele disse: "Jesus na
cruz fisgou o demônio como um peixe, com a isca do seu próprio Corpo".
Martírio
Santo Inácio de Antioquia
chegou a Roma no último dia dos jogos que aconteciam no Coliseu. Lá, foi jogado
às feras, como pedira. Antes de morrer, testemunhou sua fé dizendo a todos não
ter medo da morte porque Jesus Cristo tinha alcançado para ele a vida eterna.
Aos romanos, ele escreveu: “Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me
será dado desfrutar a Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja
triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo”. Assim,
diante de um Coliseu lotado de cruéis espectadores, Santo Inácio de Antioquia
foi dilacerado e devorado pelos leões. Uma tradição diz que em seu coração
encontraram escrito o nome de Jesus. Seus restos mortais foram levados para
Antioquia e colocados num sepulcro às portas da cidade. Ali, são venerados até
hoje, na atual Antakya, Turquia.
Oração a Santo
Inácio de Antioquia
“Deus eterno e todo-poderoso, que ornais a vossa
Igreja com o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje
celebramos, dando a Santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda
contínua proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.”
Fonte:
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santo-inacio-de-antioquia/123/102/#c
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