C.64.5 Consagração dos leigos
§901
"Os leigos, em virtude de sua consagração a Cristo e da unção do Espírito
Santo, recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir
neles frutos sempre mais abundantes. Assim, todas as suas obras, preces e
iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano, descanso
do corpo e da alma, se praticados no Espírito, e mesmo as provações da vida,
pacientemente suportadas, se tornam 'hóstias espirituais, agradáveis a Deus por
Jesus Cristo' (l Pd 2,5), hóstias que são piedosamente oferecidas ao Pai com a
oblação do Senhor na celebração da Eucaristia. É assim que os leigos consagram
a Deus o próprio mundo, prestando a Ele, em toda parte, na santidade de sua
vida, um culto de adoração."
C.64.6 Consagração e anáfora
§1352
A anáfora. Com a Oração Eucarística, oração de ação de graças e de consagração,
chegamos ao coração e ao ápice da celebração. No prefácio, a Igreja rende
graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, por todas as suas obras, pela
criação, a redenção, a santificação. Toda a comunidade junta-se então a este
louvor incessante que a Igreja celeste, os anjos e todos os santos cantam ao
Deus três vezes santo.
C.64.7 Consagração e bênção
§1672
Certas bênçãos têm um alcance duradouro: têm por efeito consagrar pessoas a
Deus e reservar para o uso litúrgico objetos e lugares. Entre as destinadas a
pessoas não confundi-las com a ordenação sacramental - figuram a bênção do
abade ou da abadessa de um mosteiro, a consagração das virgens e das viúvas, o
rito da profissão religiosa e as bênçãos para certos ministérios da Igreja
(leitores, acólitos, catequistas etc.). Como exemplos daquelas que se referem a
objetos podemos citar a dedicação ou a bênção de uma igreja ou altar, a bênção
dos santos óleos, de vasos e vestes sacras, de sinos etc.
C.64.8 Consagração e estado da vida Consagrada
§916
O estado da vida consagrada aparece, portanto, como uma das maneiras de
conhecer uma consagração "mais íntima", que se radica no Batismo e se
dedica totalmente a Deus. Na vida consagrada, os fiéis de Cristo se propõem,
sob a moção do Espírito Santo, seguir a Cristo mais de perto, doar-se a Deus
amado acima de tudo e, procurando alcançar a perfeição da caridade a serviço do
Reino, significar e anunciar na Igreja a glória do mundo futuro.
§931
Entregue a Deus supremamente amado, aquele que pelo Batismo já estava
consagrado a ele é assim consagrado mais intimamente ao serviço divino e
dedicado ao bem da Igreja. Pelo estado de consagração a Deus, a Igreja
manifesta Cristo e mostra corno o Espírito Santo age nela de maneira admirável.
Os que professam os conselhos evangélicos têm, pois, por missão primeiramente
viver sua consagração. Mas "enquanto dedicados, em virtude da própria
consagração, ao serviço da Igreja têm obrigação de se entregar, de maneira
especial, à ação missionária no modo próprio de seu instituto".
C.64.9 Consagração e missão
§931
Entregue a Deus supremamente amado, aquele que pelo Batismo já estava
consagrado a ele é assim consagrado mais intimamente ao serviço divino e dedicado
ao bem da Igreja. Pelo estado de consagração a Deus, a Igreja manifesta Cristo
e mostra corno o Espírito Santo age nela de maneira admirável. Os que professam
os conselhos evangélicos têm, pois, por missão primeiramente viver sua
consagração. Mas "enquanto dedicados, em virtude da própria consagração,
ao serviço da Igreja têm obrigação de se entregar, de maneira especial, à ação
missionária no modo próprio de seu instituto".
§932
Na Igreja - ela é como sacramento, isto é, o sinal e o instrumento da vida de
Deus -, a vida consagrada aparece como um sinal peculiar do mistério da
redenção. Seguir e imitar a Cristo "mais de perto", manifestar
"mais claramente" seu aniquilamento é estar "mais
profundamente" presente a seus contemporâneos, no coração de Cristo. Pois
os que estão nesta via "mais estreita" estimulam seus irmãos por seu
exemplo, dão este testemunho brilhante de "que o mundo não pode ser
transfigurado e oferecido a Deus sem o espírito das bem-aventuranças".
§933
Seja este testemunho público, como no estado religioso, ou mais discreto, ou
até secreto, o advento de Cristo permanece para todos os consagrados a origem e
a orientação de sua vida:
Como
o povo de Deus não possui aqui na terra morada permanente, o estado religioso
manifesta já aqui neste mundo a todos os crentes a presença dos bens celestes,
dá testemunho da vida nova e eterna adquirida pela redenção de Cristo,
prenuncia a, ressurreição futura e a glória do Reino celeste.
C.64.10 Consagração e Ordem
§1538
A integração em um desses corpos da Igreja era feita por um rito chamado
ordinatio, ato religioso e litúrgico que consistia numa consagração, numa
bênção ou num sacramento. Hoje a palavra "ordinatio" é reservada ao
ato sacramental que integra na ordem dos bispos, presbíteros e diáconos e que
transcende uma simples eleição, designação, delegação ou instituição pela
comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite exercer um
"poder sagrado" ("sacra potestas") que só pode vir do
próprio Cristo, por meio de sua Igreja. A ordenação também é chamada
"consecratio" por ser um pôr à parte, uma investidura, pelo próprio
Cristo, para sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração
consecratória, constitui o sinal visível desta consagração.
C.64.11 Consagração e sacerdócio de Cristo
§1548
No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente
á sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo
Sacerdote do sacrifício redentor Mestre da Verdade. A Igreja o expressa dizendo
que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age "in persona
Christi Capitis" (na pessoa de Cristo Cabeça):
Na
verdade, o ministro faz as vezes do próprio Sacerdote, Cristo Jesus. Se, na
verdade, o ministro é assimilado ao Sumo Sacerdote por causa da consagração sacerdotal
que recebeu, goza do poder de agir pela força do próprio Cristo que representa
("virtute ac persona ipsius Christi").
"Cristo
é a origem de todo sacerdócio: pois o sacerdote da [Antiga Lei era figura dele,
ao passo que o sacerdote da nova lei age em sua pessoa."
C.64.12 Consagração e sacramentos
§1535
Nesses sacramentos, os que já foram consagrados pelo Batismo e pela Confirmação
para o sacerdócio comum de todos os fiéis podem receber consagrações
específicas. Os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados para ser, em
nome de Cristo, "pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da
Igreja". Por sua vez, "os esposos cristãos, para cumprir dignamente
os deveres de seu estado, são fortalecidos e como que consagrados por um sacramento
especial".
C.64.13 Consagração e unção
§1294
Todos esses significados da unção com óleo voltam a encontrar-se na vida
sacramental. A unção, antes do Batismo, com o óleo dos catecúmenos significa
purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime a cura e o
reconforto. A unção com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na
Ordenação, é o sinal de uma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, isto é,
os que são ungidos, participam mais intensamente da missão de Jesus e da
plenitude do Espírito Santo, de que Jesus é cumulado, a fim de que toda a vida
deles exale "o bom odor de Cristo
Fonte:
http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/c/consagracao.html
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