São
João Batista nasceu em Junho, precisamente no dia 24 de Junho. Em um cenário
tão controverso, surge um homem simples, amigo do deserto, e com uma
importantíssima missão: preparar o caminho para a chegada do Messias.
Diz a
história bíblica, que na antiga Judéia,as primas Isabel e Maria, mãe de Jesus,
estavam grávidas. Como moravam distantes, elas combinaram, que a primeira a
ganhar bebê anunciaria a novidade, acendendo uma fogueira em frente à própria
casa. Santa Isabel cumpriu a promessa quando do nascimento de seu filho, João
batista. Até hoje as fogueiras são acesas na tarde de 24 de junho, acompanhadas
de foguetórios, jogos, prendas, e bailes. É a fogueira mais tradicional. Tem a
base redonda, como se fosse uma pirâmide.
João
era filho de Zacarias e Isabel, e primo de Jesus Cristo. É considerado o último
dos profetas, e o primeiro apóstolo. Os evangelhos dizem que, ainda no ventre
de sua mãe, João percebe a presença do Messias, “estrecendo de alegria” na
presença de Maria, quando esta ia visitar a prima Isabel. O evangelho de São
Mateus fala das pregações e dos batismos que realizava às margens do rio
Jordão, não distante de Jericó. Foi João Batista quem batizou o próprio Cristo.
Crítico
da hipocrisia e da imoralidade, São João Batista foi decapitado por capricho de
Salomé, enteada de Herodes. João Batista, juntamente com os profetas Elias e
Eliseu, é considerado o protótipo do ideal ascético, e modelo de vida perfeita.
(fonte: SGARBOSSA, Mario e GIOVANNI, Luigi – Um Santo para cada dia, São Paulo,
1983, 9a. ed.).
Na
tradição peleo-cristã existe um personagem que se relaciona particularmente com
o fogo, e com o simbolismo do cordeiro – Ram ou Rama – que é São João Batista.
Devemos notar, que é com signo do carneiro, que se dá início ao ano
astrológico, justamente no equinócio da primavera, ponto anual no qual o Sol
Espiritual “nascido” na noite de 24 de dezembro e está apto, durante seis, a
dispensar a sua ação benéfica em termos tangíveis, palpáveis (sementeiras e
colheitas, alegria, calor, etc.) sobre os homens e suas obras.
Podemos
talvez dizer que é ele mesmo, João Batista – e não Jesus – o próprio Agnus Dei
(o Cordeiro de Deus), portador e síntese da tradição judaica mais pura, que
ardia entre os Essênios, antes do novo impulso que seria à civilização, pelo
Avatara de Jeoshua Bem Pandira, designado o Cristo.
Sacrificado
por degolação, o valor simbólico e filosófico de João Batista é muito
importante, e ultrapassa completamente o dogma católico: João batizava os seus
adeptos com água (ou seja, utilizando um símbolo material), mas afirmava, que o
que viria depois dele “batizaria com fogo”, diríamos, envolvendo os discípulos
com uma poderosa aura, ou impacto relativo ao Mundo das Causas, o Alaska, etc.,
etc., ou Espírito Santo.
Na
comunidade religiosa da igreja católica os missionários de São João batista, ou
seja, seus membros (sacerdotes ou leigos) consagram a sua vida a Cristo,
através dos votos de castidade, obidiência, e pobreza. Numa atitude de
acolhimento e de disponibilidade como Maria, alicerçados no Cristo da
Eucaristia, os missionários de São João Batista devem tornar-se para os homens
de hoje, sinais do Reino, e anunciar os caminhos do senhor a exemplo do seu
padroeiro.
Deste
modo, o simbolismo de “Yohanan” (João em hebarico) ganha, com os séculos, uma
poderosa força, que é cultivada por várias correntes gnósticas até chegar à
idade média, na qual hospitalários, e templários, desde a sua origem, invocam
João Batista para seu patrono. E os mestres construtores da época, igualmente,
de modo que ainda hoje os maçons, identificam, as suas lojas como “de São
João”.
São
João, o fogo e o solstício de verão, no hemisfério norte, estão, então,
indissoluvelmente ligados com uma ação, um trabalho essencialmente
transformador, no qual o “Fogo Sagrado” agirá, quer como agente
hermético-alquímico, quer como condição necessária para o trabalho com os
metais – vejam-se os vários mitos maçônicos relativos ao Mestre Hiram,e à
construção do Templo de Jerusalém – quer como inteligência criadora, criativa,
genial, avessa a qualquer Avatara, porque compartilha desse “mesmo Fogo
Divino”, aquele que não reconhece poder na Terra superior a Deus...
João
Batista é o ínico santo, além de Virgem Maria, de quem a liturgia celebra o
nascimento para o Céu, celebrando o nascimento segundo a carne.
A
liurgia festeja no nascimento de São João batista, a “Aurora da Salvação”, o
aparecimento neste mundo do Precursor do Messias. O nascimento do Precursor,
seis meses antes do nascimento de Jesus, participa da grandeza do mistério da
encarnação, que ele anuncia. Isso se deve, certamente, à missão única que, na
história da salvação, foi confiada a esse homem, santificado, no seio da sua
mãe, pela presença do Salvador, que dirá mais tarde: “Que fostes ver no
deserto””... Um profeto? Sim, Eu vos digo, é mais do que um profeta. Esta é
aquele de quem foi dito: “Eis que envio a tua frente o meu anjo,m que preparará
Teu caminho diante de Ti”, pois “Eu vos digo, que entre os nascidos de mulheres
não há ninguém maior do que João”. Mas, o que é menor no Reino de Deus é maior
do que ele”. (Lc7, 24 a 28).
Foi,
pois, o maior entre os profetas, porque pôde apontar o “Cordeiro de Deus, que
tira os pecados do mundo” (Jô 1, 29-36). Sua vocação profética desde o ventre
materno, reveste-se de acontecimentos extraordinários, repleto s de júbilo
messiânico, que preparam o nascimento de Jesus. (cf Lc 1, 14-58).
Profeta
do Altíssimo, João Batista é prefigurado por Jeremias: - “antes de te formar no
ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te
consagrei, e te constituí profeta entre a s nações” (Jer 1, 4 – 10).
São
João Batista foi consagrado desde o seio materno, para anunciar o Salvador, e
preparar as almas para a sua vida.
Anel de
ligação entre a antiga e nova aliança, João foi acima de tudo o enviado de
Deus, uma testemunha fiel da luz, aquele que anunciou Cristo, e O apresentou ao
mundo. O Batismo de penitência, que acompanha o anúncio dos últimos tempos, é
figura do batismo, segundo o Espírito (Mt 3, 11). Profeta por excelência, a
ponto de não ser uma senão uma “voz” de Deus que clama, ele é o precursor imediato
de Cristo: “vai à Sua frente, apontando, com sua palavra e com o bom exemplo de
sua vida, as condições necessárias para receber a salvação”.
A
solenidade do Precursor é um convite para que reconheçamos a Cristo, Sol que
nos vem visitar na Eucaristia.
Filho
dos personagens bíblicos Isabel e Zacarias, João Batista foi quem batizou Jesus
Cristo com a s águas do rio Jordão, rio que hoje é a fronteira natural entre
Israel e Jordânia, e entre este País e a Cisjordânia.
Diz o
capítulo 1 do Evangelho de São Lucas, que a Mãe de João Batista era Prima da
Mãe de Jesus, Maria, o que tornava João, primo em segundo grau de Cristo.
João
Batista é descrito na Bíblia como pessoa solitária, que vivia no deserto, e
comia gafanhotos e mel. O caminho desse homem estranho, e recluso, mas profeta
de grande popularidade, cruzou com a da família real na época, a do rei Herodes
Antipas, da Galiléia.
João
condenou publicamente o fato do rei ser amante da própria cunhada, Herodíades.
Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes, que este lhe
prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade
para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista sobre
uma badeja.
A
imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um
carneirinho no colo. É que foi ele, segundo a Bíblia, que anunciou a chegada do
cordeiro de Deus. Apesar de descrito como um homem solidário, o povo se
encarregou de criar o mito de que São João Batista adora uma festa barulhenta.
No entanto, ele costumava dormir, justo na noite de sua festa, 24 de junho.
Se o
estrondo dos fogos de artifício for alto, e for forte o clarão das fogueiras, o
Santo acorda, e festeiro que é, desce à Terra para comemorar. Mas nesse caso,
diz a tradição, existe o sério risco do mundo acabar pelo fogo.
Que fim
levou a fogueira?
Foi
engolida pelo progresso. Com o crescimento das cidades, as comemorações de São
João migraram para as escolas, ou parques públicos. No interior, as festas de
rua continuam mobilizando as comunidades, que preservam danças, costumes, e
comidas milenares da tradição cristã.
Uma
tradição que nasceu antes de Cristo. Queimar fogueiras, naquela época,
significava, saudar a chegada do verão, e apenas no século VI, o catolicismo
associou as comemorações pagãs ao aniversário de São João Batista.
Os
portugueses no século XIII incluíram São Pedro, e Santo Antônio, e no Brasil, a
data é celebrada desde 1583. De lá para cá, porém, as fogueiras juninas
rarearam tanto, que é preciso descobrir onde elas vão queimar nas noites de 24
de junho.
Cada
estado brasileiro brinda o nascimento do Santo católico a seu modo. Existe uma
grande confusão com o culto ao caipira. No Rio Grande do Sul as festas
geralmente preservam os trajes típicos do estado, em oposição ao tradicional
chapéu de palha, e roupa emendada do folclore paulista. No nordeste, a música é
o forró.
As
grandes cidades acabaram engolindo os festejos de São João, que cada vez mais
ocorrem em recintos fechados, pois não é seguro se fazer festa na rua, por
falta de segurança, e problemas de transito.
A
cidade grande retira um pouco da referência de comunidade. Isto vale para
qualquer festa popular aberta. A realidade no interior, porém é outra, onde a
receptividade é mais forte e mantém viva, esta tradição.
Oração
a São João Batista
São
João Batista, voz que clama no deserto: “Endireitai os caminhos do
Senhor...fazei penitência, porque nomeio de Vós está quem não conheceis, e do
qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias”, ajudai-me a fazer
penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão Daquele que
Vós anunciastes com estas palavras: “ Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquele que
tira os peca do mundo”. São João, pregador da penitência, rogai por nós. São
João, precursor Messias, rogai por nós. São João, alegria do povo, rogai por
nós.
Fonte: http://www.reocities.com/doceara1/SJoaoBat.htm
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