Moisés (em hebraico: מֹשֶׁה; moderno: Moshe tiberiano: Mōšé;
em grego:
Mωϋσῆς, Mōüsēs; em árabe: موسىٰ, Mūsa)
foi, de acordo com a bíblia
hebraica, alcorão e
escrituras da fé
Baha'i, um líder religioso, legislador e profeta, a quem a autoria
da Torá é tradicionalmente atribuída.
Ele é o profeta mais importante do judaísmo, e igualmente reconhecido pelo Cristianismo e Islamismo, assim como em outras
religiões.
É o grande libertador
dos hebreus, tido por eles como seu principal legislador e mais importante
líder religioso. A Bíblia o denomina "o homem mais manso da Terra"
(Números 12:3). Também é considerado um grande profeta pelos muçulmanos.
De acordo com a Bíblia e a tradição
judaico-cristã, Moisés realizou diversos prodígios após uma Epifania. Libertou o povo judeu da
escravidão no Antigo
Egito, tendo instituído a Páscoa Judaica. Depois guiou seu
povo através de um êxodo pelo deserto
durante quarenta anos, que se iniciou através da famosa passagem em que Moisés
abre o Mar Vermelho, para possibilitar a
travessia segura dos judeus. Ainda segundo a Bíblia, recebeu no alto do Monte Sinai as Tábuas da Lei de Deus,
Etimologia
Tradicionalmente o significado atribuído a seu nome é "retirado das
águas", em referência as circunstâncias de sua adoção narradas na Bíblia Contudo, há uma controvérsia quanto a origem do nome
entre alguns eruditos. Alguns
apontam para a origem egípcia, sem o elemento teofórico. Més ou na forma grega, mais
divulgada, Mósis, deriva da
raiz substantiva ms criança ou
filho, correlata da forma verbal msy,
que significa "gerar". Note-se que na língua egípcia, à semelhança de
outras do Próximo Oriente, a escrita
renunciava ao uso das vogais. Més significa assim "gerado",
"nascido" ou "filho". Tome-se como exemplo os nomes dos
faraós Amósis, que significa "filho de [deus] Amon-Rá", Tutmés (Tutmósis), significando "filho de deus Tut, ou ainda Ramsés, com o significado de "filho de deus Rá".
Entretanto a própria filha de Faraó diz chama-lo assim, por lhe ter tirado das
águas 1 Moisés era filho de Anrão e Joquebede,
seus pais eram da Tribo de Levi. Seu irmão mais velho era Arão e sua irmã
chamava-se Miriam.
História
De acordo com Êxodo 2:10
(ALA), é explicado que "quando o menino era já grande, ela [a mãe natural]
o trouxe à filha de Faraó, a qual o adoptou; e lhe chamou Moisés, dizendo:
Porque das águas o tirei." Para os judeus, o nome Moisés, em hebr. Móshe
(מֹשֶׁה), é associado homofonicamente ao verbo hebr. mashah, que têm o
significado de "tirar". Na etimologia judaica popular, têm o
significado de "retirado [isto é, salvo]" da água. Veja também Antiguidades
Judaicas, Flávio Josefo, Livro II, Cap. 9 § 6.
Estudiosos da História
acreditam que o período que Moisés passou entre os egípcios serviu para que ele
aprendesse o conceito do "Monoteísmo", criado pelo faraó Aquenáton (r. 1352-1338 a.C.), o
faraó revolucionário que reinou antes do tempo de Moisés, levando tal conceito
ao povo hebreu. Porém o conceito de Monoteísmo é muito mais antigo que este
período, sendo passado para os hebreus por Abraão o pai da fé.
Segundo o Livro do Êxodo, Moisés foi adotado
pela filha do faraó, que o encontrou enquanto se banhava no rio Nilo e o educou
na corte como o príncipe do Egito. Aos 40 anos
(1552 a.C.), após ter matado um feitor egípcio levado pela "justa" cólera,
é obrigado a partir para exílio, a fim de
escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste do Golfo de Acaba.
Por lá acabou casando-se com Zípora e com ela
teve dois filhos, Gérson
e Eliézer.
Quarenta anos depois (1512 a.C.), no Monte de Horebe, ele depara-se com
uma sarça ardente que queimava mas não se consumia e assim é finalmente
"comissionado pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel".
Ele conduziu o povo de
Israel até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a Abraão. No
início da jornada, encurralados pelo Faraó, que se arrependera de te-los
deixado partir, ocorre um dos fatos mais conhecidos da Bíblia: A divisão das
águas do Mar
Vermelho, para que o povo, por terra seca, fugisse dos egípcios, que
tentando o mesmo, se afogaram. Logo no início da jornada, no Monte de Horebe,
na Península
do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo
de Deus". As tábuas eram guardadas na Arca do Concerto. Depois, o código
de leis é ampliado para cerca de 600 leis. É comumente chamado de Lei Mosaica. Os judeus, porém, a
consideram como a Lei (em hebr. Toráh) de Deus dada a Israel
por intermédio de Moisés. Em seguida, os israelitas vaguearam pelo deserto
durante 40 anos até chegarem a Canaã.
Durante 40 anos (segundo
a maioria dos historiadores, no período entre 1250
a.C. e 1210 a.C.), conduz o povo de Israel na peregrinação pelo deserto. Moisés morre aos 120
anos, após contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo, na
Planície de Moabe. Josué, o ajudante, sucede-lhe
como líder, chefiando a conquista de territórios na Transjordânia e de Canaã.
No Cristianismo,
Moisés prefigura o "Moisés Maior", o prometido Messias (em grego, o Cristo). O relato do Êxodo de Israel, sob a liderança por
Moisés, prefigura a libertação da escravidão do pecado, passando os cristãos a
usufruir a liberdade gloriosa pertencente aos filhos de Deus.
Na Igreja Católica e Igreja Ortodoxa, é
venerado como santo, sendo a festa celebrada a 4 de setembro.
Segundo a Edição
Pastoral da Bíblia seu nome é citado 894 vezes na Bíblia.
Morte
Moisés foi avisado de
que não seria permitido levar os israelitas através do rio Jordão, por causa da sua
transgressão nas águas de Meribá (Deuteronômio 32:51), porém
morreria em sua costa oriental (Números 20:12). Desta forma, ele reuniu as tribos e entregou a eles uma
mensagem de despedida, que é usada para formar o livro de Deuteronômio.
Quando Moisés terminou,
entoou um cântico e pronunciou uma bênção sobre o povo. Subiu ao monte Nebo, para o cume de Pisga,
olhou para a Terra
prometida de Israel espalhada diante dele, e morreu, segundo a lenda
talmúdica, em 7 de Adar, exatamente no seu aniversário dos 120 anos. O próprio
Deus o sepultou em um túmulo desconhecido em um vale na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor (Deuteronômio 34:6).
Moisés foi, assim, o
instrumento humano na criação da nação de Israel, comunicando-lhe a Torá. Mais humilde do que qualquer
outro homem (Números 12:3), ele gozava de privilégios únicos, pois
"nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem Deus
conhecera face a face" (Deuteronômio 34:10). Ver também Juízes 1:9 e Zacarias.
Família
Moisés era da Tribo de Levi, mas seus filhos são contados como sendo da tribo de Davi.[carece de fontes]
Moisés
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Visão de Moisés pelas
religiões
Judaísmo
Há uma riqueza de
histórias e informações adicionais sobre Moisés nos livros apócrifos
judaicos e no gênero da exegese rabínica conhecida como Midrash, bem como nos trabalhos
antigos da lei oral judaica, a Mishná e o Talmud.
Historiadores judeus que
viviam em Alexandria, como Eupolemus,
atribuíram a Moisés a proeza de ter ensinado aos fenícios o seu alfabeto,9 semelhante a lendas de Toth. Artapanus de
Alexandria explicitamente
identificou Moisés não só com Toth / Hermes, mas também com a figura grega Musaeus (a quem ele
chama de "o professor de Orfeu"), e
atribuiu a ele a divisão do Egito em 36 distritos, cada um com sua própria
liturgia. Ele nomeia a princesa que adotou Moisés como Merris, esposa do faraó
Chenefres.
As fontes antigas
mencionam uma Assunção de Moisés e um Testemunho de Moisés. Um texto em latim
foi encontrado em Milão no século XIX
por Antonio Ceriani,
que o chamou de Assunção
de Moisés, embora não se refira a uma assunção de Moisés ou contenha
partes da assunção que são citadas por autores antigos, e parece que é realmente
o testemunho. O incidente que os autores antigos citam também é mencionado na Epístola
de Judas.
Para os judeus
ortodoxos, Moisés é realmente Moshe Rabbenu, `Eved HaShem, Avi haNeviim
zya"a. É chamado de "Nosso Líder Moshe", "Servo de
Deus", e "Pai de todos os Profetas".8 Na sua opinião, Moisés não só recebeu a Torá, mas
também o revelado (de forma escrita e oral) e o oculto (os ensinamentos `hokhmat
nistar, que deram ao judaísmo o Zohar de Rashbi, a Torá de Ari haQadosh e tudo o que é
discutido na Yeshivá Celestial entre Ramhal
e seus mestres).8 Ele também é considerado o maior profeta.
Decorrente em parte da
sua idade, mas também porque 120 está em outro lugar indicado como a idade
máxima para os descendentes de Noé (uma interpretação de Gênesis 6:3),
"que você viva até os 120" tornou-se uma benção comum entre os
judeus.
Cristianismo
Para os cristãos, Moisés - mencionado mais
vezes no Novo
Testamento do que qualquer outro personagem do Antigo Testamento - muitas vezes é
um símbolo da lei de Deus, como reforçado e exposto nos ensinamentos de Jesus. Escritores do Novo Testamento muitas vezes compararam
as palavras e feitos de Jesus com os de Moisés para explicar a missão de Jesus.
Em At
7:39-43, 51-53, por exemplo, a rejeição de Moisés pelos judeus que adoravam o
bezerro de ouro é comparada à rejeição
de Jesus pelos judeus que continuavam no judaísmo tradicional.
Para os cristãos gnósticos, Moisés é profeta do demônio Demiurgo - YHWH, o deus dos judeus e criador do mundo material. Segundo os gnósticos, o objetivo da Lei de Moisés é escravizar os seres humanos através da culpa. Por seremos incapazes de cumprir os mandamentos, somos conduzindo a maldição do pecado e da morte. Cristo vem ao mundo para libertar as almas espirituais da escravidão imposta pelo Demiurgo através da revelação da Gnose.
Identidade de Moisés
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mois%C3%A9s
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