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quinta-feira, 4 de julho de 2013

HISTÓRIA DE SÃO MALAQUIAS DE ARMAGH



São Malaquias

São Malaquias de Armagh (distinga-se do profeta Malaquias, do Antigo Testamento) nasceu na Irlanda em 1095 aproximadamente. Fez-se monge do mosteiro de Bangor (Irlanda). Ordenado sacerdote aos 25 anos empenhou-se na renovação da vida monástica, começando pelo mosteiro de Bangor, sob a orientação do arcebispo Celso, primaz da Irlanda. Feito bispo de Connor, tornou-se depois arcebispo de Armagh. Interessado na restauração dos mosteiros, era grande amigo de S. Bernardo, seu contemporâneo. Morreu na França em 1148, quando viajava para se encontrar com o Papa Eugênio III.
Deixou fama de santidade e foi muito estimado pelas gerações seguintes, de modo que, após o devido processo, o Papa Clemente III o canonizou em 1190
A esse Santo atribui-se a famosa “Profecia dos Papas”, que terá sido escrita em 1139, quando Malaquias passou um mês em Roma. Consta de 111 (segundo outros, 113) dísticos latinos, que tentam caracterizar a figura de cada Pontífice desde Celestino II (1143-1144) até Pedro II, que deverá presenciar o fim do mundo.
Esse texto, embora seja atribuido a um autor do século XII, só se tornou de conhecimento público em 1595, quando o beneditino belga Arnoldo de Wyon o inseriu no seu opúsculo “Lignum Vitae, ornamentum et decus Eccleslae” (=”Lenho da Vida, ornamento e glória da Igreja); nessa obra, dividida em cinco tomos, Wyon enumera os monges beneditinos que ilustraram a sua Ordem, entre os quais é apresentado S. Malaquias, monge de Bangor tido como profeta.
Os 74 primeiros dísticos da lista dos Papas, no “Lignum Vitae”, são acompanhados de breve comentário, da autoría do historiador espanhol Afonso Chacón, dominicano, falecido após 1601. O comentário aplica os dizeres da Profecia aos 74 Papas que governaram desde Celestino II (+1144), um dos contemporâneos de S. Malaquias, até Urbano VIII (+1590); mostra como o conteúdo de cada oráculo se cumpriu adequadamente na figura do Pontífice ao qual é referido. Eis, por exemplo, os dísticos 3 a 7 da série:
O comentário de Chacón, indicando quando (na História) começa a série dos Papas da lista, permite calcular aproximadamente a época em que se dará o fim do Papado e a segunda vinda do Senhor; assim contam-se 38 Pontífices desde Urbano VII (+1590) até o fim do mundo; João Paulo II (De labore Solis, do sofrimento do Sol) teria ainda três sucessores; o último, Pedro II, veria, com a geração dos seus contemporâneos, a consumação da História.

A autoridade da Profecia
Como se compreende, há quem defenda a credibilidade da lista dos Papas, como também há quem a recuse. Examinemos uma e outra sentença.

O “Sim” à Profecia
A “Profecia de Malaquias”, logo depois de divulgada em 1595, obteve sucesso considerável. É inegável que os dísticos interpretados por Chacón se aplicam bem aos Papas desde Celestino II até Urbano VII. Eis alguns exemplos mais frisantes:
– “Avis Ostiensis” (Ave de Óstia) convém adequadamente a Gregório IX (1227-41), que foi Cardeal-bispo de Óstia e tinha uma águia em seu brasão;
– “De parvo homine” (Do homem pequeno) corresponde a Pio III (+1503), que se chamava Francisco Piccolomini (=Pequeno homem);
– “Jerusalem Campaniae” (Jerusalém da Campanha) designa bem Urbano IV (1261-64), nascido em Troyes (Champanha) e Patriarca de Jerusalém.
De Urbano VII (+1590) em diante, Chacón não interpretou mais os oráculos. Muitos historiadores, porém, julgam que continuam a quadrar bem com as figuras dos Pontífices que se têm assentado sobre a cátedra de Pedro.
Assim, para tomar exemplos recentes, indicar-se-iam:
– “Crux de cruce” (Cruz oriunda da cruz), dístico que designa Pio IX (1846-78) com acerto, pois este Pontífice sofreu duros golpes da parte da Casa de Savóia, em cujo emblema figurava uma cruz;
– “Religio depopulata” (Religião devastada) é dístico bem adaptado a Bento XV (1914-22), que durante o seu pontificado assistiu a Primeira Guerra Mundial;
– “Fides intrépida” (Fé intrépida) corresponde a Pio XI (1922-39), Pontífice das missões e defensor da verdade contra as modernas teorias sociais e políticas;
– “Pastor et Nauta” (Pastor e Navegante) parece caracterizar bem o Papa João XXIII, ex-Patriarca de Veneza, cidade das gôndolas, reconhecido por sua ardente têmpera de Pastor de almas… Mas inegavelmente este dístico caracteriza ainda melhor os Papas seguintes: Paulo VI e principalmente João Paulo II, que percorreram todos os continentes da Terra em suas viagens apostólicas.
Admitida a veracidade da Profecia na base das observações acima, julgam alguns autores que o fim do mundo não está longe, pois só deverá haver dois Papas até a segunda vinda de Cristo.
Procurando interpretar os dísticos acima, há quem queira prever a história dos tempos finais nos seguintes termos:
– As divisas “Pastor Angelicus” (Pio XII), “Pastor et Nauta” (João XXIII) e “Flos florum” indicam um período de grande paz e bonança para a religião (foram mesmo os tempos de Pio XII, João XXIII e Paulo VI?). Santidade angélica deve florescer no Pastor e nas ovelhas da Igreja; o Pastor, sendo navegante, gozará de grande prestígio no mundo inteiro e empreenderá viagens intercontinentais a fim de confirmar a pregação do Evangelho em toda parte.
– As três últimas divisas insinuam os acontecimentos que deverão preceder imediatamente a manifestação do Anticristo: flagelos, como uma calamitosa expansão do Islamismo (“Lua crescente”), penas e fadigas sobre os filhos da luz (“Sol”); além disto, a almejada conversão dos judeus a Cristo (a oliveira simboliza o povo judaico em Romanos 11,17-29). Depois disto, sob o Papa Pedro II, Cristo aparecerá como Juiz Universal…

Fonte: https://www.veritatis.com.br/fim-do-mundo-as-profecia-de-sao-malaquias/

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