Palavras de Jesus Cristo

Jesus Falou: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim" João 14,6

quinta-feira, 18 de julho de 2013

HISTORIA DE NOSSA SENHORA - MÃE DE JESUS


Maria (hebraico: מִרְיָם, Miriam; aramaico: Maryām; árabe: مريم, Maryam; grego: Μαρία, María), também conhecida como Maria de Nazaré, Santa Maria, Mãe Maria, Virgem Maria, Nossa Senhora, Santíssima Virgem Maria, Theotokos, Maria, Mãe de Deus e, no Islã, como Maria, Mãe de Isa é a mulher israelita de Nazaré, identificada no Novo Testamento e no Alcorão como a mãe de Jesus através da intervenção divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56, Lucas 2:1-7). Jesus é visto como o messias — o Cristo — em ambas as tradições, dando origem ao nome comum de Jesus Cristo. Maria teria vivido na Galileia no final do século 1 a.C. e início do século 1 d.C., é considerada pelos cristãos como a primeira adepta ao cristianismo.
Os evangelhos canônicos de São Mateus e São Lucas descrevem Maria como uma virgem (grego: παρθένος, parthenos). Tradicionalmente, os cristãos acreditam que ela concebeu seu filho milagrosamente pela ação do Espírito Santo. Os muçulmanos acreditam que ela concebeu pelo comando de Deus. Isso ocorreu quando ela estava noiva de José e aguardava o rito do casamento, que tornaria a união formal. Ela se casou com José e o acompanhou a Belém, onde Jesus nasceu. De acordo com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha cerca de 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano depois.
O Novo Testamento começa o seu relato da vida de Maria com a anunciação, quando o anjo Gabriel apareceu a ela anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus. A tradição da Igreja e os escritos apócrifos afirmam que os pais de Maria eram um casal de idosos, São Joaquim e Santa Ana.
A Bíblia registra o papel de Maria em eventos importantes da vida de Jesus, desde o seu nascimento até a sua ascensão. Escritos apócrifos falam de sua morte e posterior assunção ao céu.
Os cristãos da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa, da Igreja Ortodoxa Oriental, da Igreja Anglicana e da Igreja Luterana acreditam que Maria, como mãe de Jesus, é a Mãe de Deus (Μήτηρ Θεοῦ) e a Theotokos, literalmente Portadora de Deus. Maria foi venerada desde o início do cristianismo. Ao longo dos séculos ela tem sido um dos assuntos favoritos da arte, da música e da literatura cristã.
Há uma diversidade significativa nas crenças e práticas devocionais marianas entre as grandes tradições cristãs. A Igreja Católica tem uma série de dogmas marianos, como a Imaculada Conceição de Maria e Assunção de Maria. Os católicos se referem a ela como Nossa Senhora e a veneram como a "Rainha do Céu" e "Mãe da Igreja", porém, a maioria dos protestantes não compartilha dessas crenças, atribuindo a ela um papel mínimo dentro do cristianismo por conta das poucas referências bíblicas sobre sua vida.

 No novo testamento

O Novo Testamento relata sua humildade e obediência à mensagem de Deus e faz dela um exemplo para cristãos de todas as idades. Fora das informações fornecidas no Novo Testamento pelos Evangelhos sobre a dama da Galileia, a devoção cristã e a teologia construíram uma imagem de Maria, que cumpre a previsão atribuída a ela no Magnificat: «Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada.» (Lucas 1:48)


O nome "Maria" vem do grego Μαρία, que é uma forma abreviada de Μαριάμ. O nome do Novo Testamento foi baseado em seu nome original em hebraico, מִרְיָם ou Miryam. Ambos, Μαρία e Μαριάμ, aparecem no Novo Testamento.
Maria, a mãe de Jesus, é chamada pelo nome cerca de vinte vezes no Novo Testamento.

Referências específicas
  • O Evangelho de Lucas menciona Maria frequentemente em relação aos outros evangelhos, identificando-a pelo nome doze vezes, todas elas na narrativa da infância (Lucas 1:27,30,34,38,39,41,46,56, Lucas 2:5,16,19,34).
  • O Evangelho de Mateus menciona seu nome por cinco vezes, quatro delas (Mateus 1:16,18,20, Mateus 2:11) na narrativa da infância e apenas uma vez (Mateus 13:55) fora da narrativa da infância.
  • O Evangelho de Marcos cita Maria apenas uma vez (Marcos 6:3) e a menciona como a mãe de Jesus, sem nomeá-la, em Marcos 3:31.
  • O Evangelho de João se refere a ela duas vezes, a descreve como mãe de Jesus, mas não a menciona pelo nome. Ela é vista pela primeira vez no casamento em Caná da Galileia (João 2:1-12) que é mencionado apenas neste evangelho, também é o único texto dos evangelhos canônicos em que Maria dirige a palavra a Jesus adulto. A segunda referência em João, também exclusivamente listada neste evangelho, descreve a mãe de Jesus junto à cruz de seu filho com o (também não nomeado) "discípulo a quem Jesus amava" (João 19:25-26).
  • No livro dos Atos, escrito segundo Lucas, Maria e os irmãos de Jesus são mencionados na companhia dos onze apóstolos que estavam reunidos no cenáculo, depois da ascensão (Atos 1:14).
  • No livro do Apocalipse (Apocalipse 12:1-6), João não identifica explicitamente a "mulher vestida de sol" como Maria de Nazaré. No entanto, alguns intérpretes fizeram essa conexão
Família e infância
Segundo uma tradição católica estima-se que a Virgem teria nascido a 8 de setembro, num sábado, data em que a Igreja festeja a sua Natividade. Também é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de Antioquia, Santo Irineu, São Justino e de Tertuliano - consta ainda dos apócrifos Evangelho do Nascimento de Maria e do Protoevangelho de Tiago e é também de uma antiga tradição que remonta ao século II que seu pai seria São Joaquim, descendente de David, e que sua mãe seria Sant'Ana, da descendência do sacerdote Aarão.
·         Alguns autores afirmam que Maria era filha de Eli, mas a genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, São José, como "filho de Eli". A Cyclopædia de M'Clintock e Strong diz:

É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno. (Números 26:33).

·         Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era filho de Eli (Lucas 3:23).
·         Pelo texto Caverna dos Tesouros, atribuído a Efrém da Síria, Ana (Hannâ ou Dînâ) era filha de Pâkôdh e seu marido se chamava Yônâkhîr. Yônâkhîr e Jacó eram filhos de Matã e Sabhrath. Jacó foi o pai de José, desta forma, José e Maria eram primos. Maria nasceu sessenta anos depois que seu pai, São Joaquim, tomou Santa Ana por esposa.
·         De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim.
·         Com a morte do pai teria se transferido para Nazaré, onde São José morava. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais. Os padres bolandistas, que dirigiram a publicação da Acta Sanctorum de 1643 a 1794, supõem em seus estudos que São Joaquim era irmão de São José, o que caracterizaria um caso de endogamia, o que era comum entre os judeus.

Palavras de Maria
A Anunciação por Eustache Le Sueur, um exemplo da arte Mariana do século XVII. O anjo Gabriel anuncia a Maria que ela dará a luz a Jesus e lhe oferece lírios brancos.
Nos Evangelhos Maria faz uso da palavra por sete vezes, três delas dirigidas ao Anjo da Anunciação, o Magnificat em resposta a Isabel, duas dirigidas ao seu Filho e uma só e última vez dirigida aos homens (aos servos das bodas de Caná) que a Igreja Católica conserva com todo o valor de um testamento:
  • Na Anunciação:
    • Como poderá ser isto, se não conheço varão? (Lucas 1:34).
    • "Eis aqui a serva do senhor, faça-se em mim, segundo a Tua palavra (Lucas 1:38)
Palavras dirigidas a Maria
Nos Evangelhos por oito vezes a palavra é dirigida a Maria:
Theotokos de Vladimir, ícone bizantino de Maria.
    • O anúncio da Encarnação: Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho a quem porás o nome de Jesus. (Lucas 1:30-33).
    • Por obra e graça do Espírito Santo: O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o que nascer será chamado Santo, Filho de Deus. (Lucas 1:35-37).
  • A Profecia de Simeão:
    • Simeão Lhe fala da espada que trespassará o coração: ...e uma espada trespassará a tua própria alma a fim de que se descubram os pensamentos de muitos corações. (Lucas 2:34).
  • Na Visitação:
    • Isabel ao responder à sua saudação: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lucas 1:42-45).
  • Jesus entre os doutores:
    • O Menino-Deus a responde no templo: Por que me buscáveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai? (Lucas 2:49)
  • Nas Bodas de Caná:
    • Cristo:Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. (João 2:4)
  • Stabat Mater:
    • Por Cristo na Cruz: Jesus, vendo a sua Mãe e, junto d'Ela, o discípulo que amava, disse à sua Mãe: "Mulher, eis aí o teu filho." Depois disse ao discípulo: "Eis aí a tua Mãe." E daquela hora em diante o discípulo a levou para sua casa. (Lucas 19:26-27).
As sete dores de Maria
A historiografia de Maria colhe uma tradição fundada nos evangelhos que venera as suas Sete Dores, são sete momentos da sua vida em que passou por sofrimento humano notável:

Devoção cristã

2ª a 5º Século

A devoção cristã a Maria mostra claros sinais no início do século II e antecede o surgimento de um sistema específico litúrgico mariano no século V, após o Primeiro Concílio de Éfeso em 431. O próprio conselho foi realizada em uma igreja que havia sido dedicada a Maria cerca de cem anos antes. No Egito, a veneração a Maria tinha começado no século III e o termo Theotokos foi usado por Orígenes, o pai da Igreja de Alexandria.
A mais antiga oração mariana que se conhece (o sub tuum praesidium, ou sob vossa proteção) é do início do 2° século e seu texto foi redescoberto em 1917 em um papiro no Egito. Após o Édito de Milão em 313, imagens artísticas de Maria começaram a aparecer em maior número em grandes igrejas estavam sendo dedicadas a ela, como por exemplo, a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Idade Média

Durante a Idade Média muitas lendas surgiram sobre Maria, sobre seus pais e até mesmo avós.

Após a Reforma

Ao longo dos séculos, a devoção a Maria tem variado entre as tradições cristãs. Por exemplo, enquanto os protestantes dão pouca atenção aos hinos e orações marianas, os ortodoxos veneram a mãe de Jesus e a consideram "mais ilustre do que os Querubins e mais gloriosa que os Serafins."
O teólogo ortodoxo Sergei Bulgakov escreveu: "O amor e a veneração a Virgem Maria é a alma da devoção ortodoxa. A fé em Cristo, que não inclui sua mãe, é uma outra fé."
Embora os católicos honrem e venerem Maria, não a vêem como divina e muito menos a adoram. Os católicos creem que Maria é subordinada a Cristo, mas ainda assim, ela está acima de todas as outras criaturas. Da mesma forma, o teólogo Sergei Bulgakov escreveu que, embora a Igreja Ortodoxa acredite em Maria como superiora a todos os seres criados e incessantemente ore por sua intercessão, ela não é considerada uma "substituta do único mediador", que é Cristo. Também escreve "Que Maria seja honrada, mas a adoração deve ser dada ao Senhor".
Os católicos utilizam o termo hiperdulia para definir a veneração a Maria, ao invés de latria, que se aplica exclusivamente a Deus e dulia, que se aplica aos outros santos e santas. A definição da hierarquia de culto em três níveis, latria, hiperdulia e dulia, remonta ao Segundo Concílio de Niceia, em 787.
As devoções a representações artísticas de Maria variam entre as tradições cristãs. Existe uma longa tradição da arte mariana católica romana e nenhuma imagem permeia essa arte como a Virgem com o Menino Jesus. O ícone da Virgem é, sem dúvida, o ícone mais venerado entre os ortodoxos. Tanto católicos romanos quanto ortodoxos veneram as imagens e ícones de Maria, dado que o Segundo Concílio de Niceia, em 787, permitiu essa veneração dos católicos com o entendimento de que aqueles que veneram a imagem estão venerando na realidade a pessoa que ela representa, e o Sínodo de Constantinopla em 842, re-estabeleceu a veneração no oriente depois da controvérsia iconoclasta, que varreu o Império Bizantino nos séculos VIII e IX. Os ortodoxos, no entanto, apenas oram e veneram imagens bidimensionais e não estátuas tridimensionais.
A posição anglicana em relação a Maria é mais conciliadora do que os protestantes em geral e em um livro sobre a oração com os ícones de Maria escrito por Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária, ele diz: "Não se trata apenas de não podermos compreender Maria sem vê-la fazendo referência a Cristo; não podemos entender a Cristo sem dar atenção a Maria."

Títulos

Títulos para homenagear Maria ou para pedir a sua intercessão por determinadas causas são usados ​​por algumas tradições cristãs (tais como a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica) e por outras não (por exemplo, o Protestantismo). Os títulos mais conhecidos são Maria, Mãe de Deus (Theotókos), Santíssima Virgem Maria, Nossa Senhora e Rainha do Céu (Regina Caeli).
Títulos específicos variam entre os pontos de vista ecumênicos, católicos, ortodoxos, anglicanos, luteranos, protestantes, islâmicos e mórmons.
Maria é chamada de Theotokos pela Igreja Ortodoxa, Igreja Ortodoxa Oriental, Igreja Luterana, Igreja Anglicana e Igreja Católica, um título reconhecido no Terceiro Concílio Ecumênico (realizada em Éfeso, para abordar os ensinamentos de Nestório, em 431). Theotokos (e seu equivalente em latim, Deipara e Dei genetrix) significa literalmente "portadora de Deus". A frase equivalente "Mater Dei" (Mãe de Deus) é mais comum na América e na Igreja Católica de Rito Latino. O Concílio declarou que os pais da Igreja "não hesitaram em falar da Santa Virgem como Mãe de Deus".
Alguns títulos possuem base bíblica, como por exemplo, Mãe Rainha, título dado a Maria por ela ser a mãe de Jesus, que por vezes é chamado de "Rei dos Reis" devido à sua linhagem que remonta ao rei Davi. A base bíblica para a o termo rainha pode ser vista em Lucas 1:32 e no livro do profeta Isaías 9:6, e Mãe Rainha a partir de 1 Reis 2:19-20 e Jeremias 13:18-19. Outros títulos surgiram a partir de milagres relatados, aparições ou ocasiões especiais, como por exemplo, Nossa Senhora do Bom Conselho, Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Os três principais títulos de Maria usados ​​pelos ortodoxos são Theotokos ou Mãe de Deus (em grego Θεοτόκος), Aeiparthenos ou Sempre Virgem (em grego ἀειπαρθὲνος), como confirmado no Quinto Concílio Ecumênico em 553, e Panagia ou toda santa (em grego Παναγία).28 Um grande número de títulos são dados a Maria pelos católicos, e estes títulos têm, por sua vez, dado origem a muitas representações artísticas, por exemplo o título de Nossa Senhora das Dores, que resultou em obras-primas como Pietà de Michelangelo

 Festas Marianas

As primeiras festas relacionadas a Maria cresceram fora do ciclo de festas que celebravam a natividade de Jesus. Segundo o Evangelho de Lucas (Lucas 2:22-40), quarenta dias após o nascimento de Jesus, juntamente com a apresentação de Jesus no templo, Maria foi purificada de acordo com os costumes judaicos, a Festa da Purificação começou a ser celebrada por volta do século V e se tornou a Festa de Simeão em Bizâncio.
Nos séculos VII e VIII, quatro festas marianas foram criadas na Igreja Oriental. Na Igreja Católica de Rito Latino uma festa dedicada a Maria, pouco antes do Natal, foi comemorada nas Igrejas de Milão e Ravenna, na Itália, no século VII. As quatro festas marianas da Purificação, Anunciação, Assunção e Natividade de Maria foram gradativamente e esporadicamente, introduzidas na Inglaterra no século XI.
Com o tempo, o número e a natureza das festas (e dos títulos associados a Maria) e as práticas venerativas que as acompanham têm variado muito entre as diversas tradições cristãs. De um modo geral, são significativamente mais títulos, festas e práticas venerativas marianas entre os católicos do que quaisquer outras tradições. Algumas festas fazem referência a eventos específicos, por exemplo, a festa de Nossa Senhora da Vitória foi baseada na vitória em 1571 dos Estados Papais na Batalha de Lepanto.
As diferenças nas festas também podem se originar a partir de questões doutrinárias – a Assunção de Maria e a Dormição de Maria são um exemplo, dado que não há um acordo entre todos os cristãos sobre as circunstâncias do fim da mãe de Jesus. Enquanto a Igreja Católica celebra a festa da Assunção em 15 de Agosto, alguns católicos orientais celebram a Dormição da Theotokos em 28 de Agosto, se eles seguirem o calendário juliano. A Igreja Ortodoxa também celebra a Dormição da Theotokos, uma de suas doze grandes festas. Os protestantes não celebram estas ou quaisquer outras festas marianas.

Doutrina cristã

Há uma diversidade entre as doutrinas marianas das igrejas cristãs, as principais delas podem ser descritas resumidamente da seguinte forma:
A aceitação destas doutrinas por cristãos podem ser classificadas como se segue
No Credo de Niceia (constituído no Primeiro Concílio de Niceia, em 325) a Igreja se referia a Jesus Cristo como o próprio Deus. Posteriormente, no Primeiro Concílio de Éfeso, realizado na Igreja de Maria em 431, o dogma Mãe de Deus (Theotokos) foi proclamado. Esta doutrina é aceita por algumas das principais tradições cristãs. A New Catholic Encyclopedia diz: "Maria é realmente a mãe de Deus, se se satisfizerem duas condições: que ela é realmente a mãe de Jesus e que Jesus é realmente Deus." O termo Mãe de Deus já havia sido usado na mais antiga oração a Maria que se conhece, sub tuum praesidium, que data de aproximadamente 250 AC. Segundo São Tomás de Aquino: "A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, derivada do bem infinito que é Deus".
O nascimento virginal de Jesus tem sido uma crença universalmente aceita entre os cristãos desde o século II, ela está incluída nos dois credos cristãos mais utilizados, o Credo Niceno-Constantinopolitano e o Credo dos Apóstolos. O Evangelho de Mateus descreve Maria como a virgem que cumpre a profecia de Isaías 7:14. Os autores dos Evangelhos de Mateus e Lucas consideram a concepção de Jesus não como resultado de relações sexuais com José ou qualquer outra pessoa (afirmam que Maria "não teve relações com homem algum" antes do nascimento de Jesus em Mateus 1:18, 25 e Lucas 1:34), mas sim como obra de Deus, pela ação Espírito Santo.
As doutrinas da Assunção ou Dormição de Maria estão relacionadas com a morte e assunção corpórea da virgem ao céu. Enquanto a Igreja Católica Romana criou o dogma da assunção (ou seja, que a Maria foi para o céu de corpo e alma, embora não se saiba ao certo que tenha acontecido a dormição) a Igreja Ortodoxa acredita na Dormição , embora nem todos os teólogos aceitem a Assunção, ainda que essa seja uma tradição antiquíssima.
Os católicos romanos acreditam na Imaculada Conceição de Maria, proclamada em Ex Cathedra pelo Papa Pio IX em 1854. Este dogma afirma que ela estava cheia de graça, desde o momento de sua concepção no ventre de sua mãe, sendo preservada da mancha do pecado original. A Igreja Católica Romana tem uma festa litúrgica com esse nome, que é comemorada em 8 de Dezembro. A Igreja Ortodoxa rejeita a Imaculada Conceição, principalmente porque a sua compreensão do pecado original difere das idéias da Igreja Católica Romana.
A virgindade perpétua de Maria afirma que Maria foi virgem antes, durante e após o nascimento do filho de Deus feito homem. O termo Sempre Virgem (em grego: ἀειπάρθενος) é aplicado neste caso, afirmando que Maria permaneceu virgem durante toda a sua vida, fazendo com que a concepção e nascimento de Jesus, seu filho único, sejam considerados atos milagrosos.

Perspectivas cristãs

As perspectivas cristãs marianas incluem uma grande variedade de opiniões. Enquanto alguns cristãos, como os católicos romanos e ortodoxos orientais, têm bem estabelecido tradições marianas, protestantes em geral dão pouca atenção para esse tema. A Igreja Católica Romana, Igreja Ortodoxa, Igreja Ortodoxa Oriental, Igreja Anglicana e Igreja Luterana veneram a virgem maria, cada um de um modo diverso.
A veneração pode assumir a forma de oração, pedindo a intercessão dela juntamente com o seu Filho, Jesus Cristo, e também de composições de poemas e canções, pinturas e esculturas, títulos em sua homenagem, revelando uma posição de destaque em relação aos demais santos e santas.

No Catolicismo Romano
Na Igreja Católica, Maria é reconhecida pelo título de bem-aventurada, em reconhecimento a sua assunção ao céu e a sua capacidade de interceder em favor daqueles que recorrem a ela por meio de orações e práticas devocionais. Os ensinamentos católicos deixam claro que Maria não é considerada divina e orações a ela dirigidas não são respondidas por ela, mas por Deus. Os cinco dogmas católicos em relação a Maria são: Mãe de Deus, Nascimento virginal de Jesus, Perpétua Virgindade de Maria, Imaculada Conceição e Assunção de Maria.
Mais do que em qualquer outro grupo cristão, a Santíssima Virgem ocupa um lugar destacado entre os católicos, que além de possuírem doutrinas e ensinamentos teológicos relacionados a Maria, também celebram as festas em honra aos seus títulos, cantam hinos, rezam uma variedade de orações e peregrinam a templos marianos. O Catecismo da Igreja Católica diz que "A devoção da Igreja à Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão".
Os católicos romanos têm realizado atos de consagração a Maria em diferentes níveis, seja pessoal, social ou regional. Ensinamentos católicos afirmam que a consagração a Maria não diminui ou substitui o amor por Deus, muito pelo contrário, o reforça, portanto, todas as consagrações são de certa forma feitas a Deus.
O crescimento da devoção mariana no século XVI, inspirou santos católicos a escreverem livros como Glórias de Maria (de Afonso de Ligório) e Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria (de Louis-Marie Grignion), que enfatizam a veneração mariana e ensinam que "o caminho para Jesus é por intermédio de Maria". Devoções marianas são, às vezes, ligadas à devoção cristocêntrica, como por exemplo, a Aliança dos Corações de Jesus e Maria.
As principais devoções a Maria incluem as Sete Dores de Maria, o Santo Rosário e o Escapulário, e as principais orações são Ave Maria, Angelus, Salve Rainha, Lembrai-vos e o Magnificat. Os meses de Maio e Outubro são meses tradicionalmente marianos para os católicos romanos. Em Outubro, o rosário diário é incentivado e em Maio, práticas devocionais tem o seu ápice em muitas regiões.
Papas emitiram uma série de encíclicas e cartas apostólicas marianas para incentivar a devoção e veneração a Virgem Maria, como por exemplo, Redentoris Mater de João Paulo II, onde ele começou com a frase "A Mãe do Redentor tem um lugar bem preciso no plano da salvação", enfatizando a participação de Maria no processo de salvação e redenção.
Católicos colocam grande ênfase sobre o papel de Maria como protetora e intercessora, o Catecismo da Igreja Católica se refere a Maria como "Mãe de Deus cuja proteção é fiel em todos os perigos e necessidades".
No século XX, João Paulo II e o cardeal Joseph Ratzinger enfatizaram o foco mariano na Igreja. O futuro Bento XVI, quando sugeriu um redirecionamento de toda a Igreja ao programa do Papa João Paulo II, a fim de assegurar uma abordagem autêntica à cristologia através de um retorno à "verdade sobre Maria"., escreveu:

É necessário voltar-se a Maria se quisermos retornar à verdade sobre Jesus Cristo, a verdade sobre a Igreja e a verdade sobre o homem.
No Protestantismo
Protestantes em geral rejeitam a veneração e invocação dos santos. Protestantes sustentam que Maria era a mãe de Jesus, porém, era uma mulher comum dedicada a Deus, portanto, não há nenhuma veneração, festas, peregrinações, artes, músicas ou algum tipo de espiritualidade dedicada a Maria nas comunidades protestantes de hoje. No âmbito destas opiniões, crenças e práticas católicas romanas, são por vezes rejeitadas. O teólogo Karl Barth, por exemplo, escreveu que "a heresia da Igreja Católica é a sua Mariologia".
Alguns dos primeiros protestantes veneravam e honravam Maria. Martinho Lutero escreveu que: "Maria é cheia de graça, proclamada para ser inteiramente sem pecado. A graça de Deus enche-la com tudo de bom e faz com que ela desprovida de todo o mal".No entanto, a partir de 1532, Lutero deixou de celebrar a festa da Assunção de Maria e também interrompeu o seu apoio à Imaculada Conceição.
No texto do Magnificat (registrado em Lucas 1:46-55), Maria proclama "Minha alma se alegra em Deus meu Salvador" e esta necessidade de um salvador pessoal é vista pelos protestantes como a expressão de que Maria nunca pensou em si mesma como "concebida sem pecado".
João Calvino disse: "Não se pode negar que Deus, na escolha e destinação de Maria para ser a Mãe do seu Filho, concedeu-lhe a maior honra". No entanto, Calvino rejeitou firmemente a ideia de que alguém, além de Cristo, tenha poder de interceder pelo homem.
Embora Calvino e Ulrico Zuínglio honrem Maria como a Mãe de Deus no século XVI, eles fizeram-no menos do que Martinho Lutero. Assim, a idéia de respeitar e honrar Maria não foi rejeitada pelos primeiros protestantes, porém, chegaram a criticar os católicos romanos pelo modo como veneravam Maria. Após o Concílio de Trento no século XVI, a veneração mariana tornou-se associada aos católicos e o interesse protestante em Maria diminuiu. Durante a idade do Iluminismo, o interesse em Maria dentro de igrejas protestantes quase desapareceu, embora anglicanos e luteranos continuassem a honrá-la de algum modo.
Protestantes reconhecem que Maria é "bendita entre as mulheres" (Lucas 1:42), mas não concordam que Maria deve ser venerada. Ela é considerada um excelente exemplo de uma vida dedicada a Deus.
No século XX, os protestantes reagiram em oposição ao dogma católico da Assunção de Maria. O tom conservador do Concílio Vaticano II começou a reparar as diferenças ecumênicas e protestantes começaram a demonstrar interesse em temas marianos. Em 1997 e 1998, houve diálogos ecumênicos entre católicos e protestantes, mas até agora, a maioria dos protestantes dão pouca atenção a questões marianas, muitas vezes enxergam esse assunto como um desafio à autoridade das Escrituras.
Alguns livros de orações luteranos e anglicanos contém a oração "Ave Maria" em sua versão pré-Trindentina que não possuia a frase: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós agora e na hora de nossa morte, que foi adicionada pela Igreja Católica Romana em 1566.

No Luteranismo
Vitral de Jesus deixando sua mãe em uma Igreja Luterana, Carolina do Sul.
Apesar de ásperas polêmicas de Martinho Lutero contra os seus adversários católicos romanos sobre questões relativas à Maria e aos santos, teólogos parecem concordar que Lutero aderiu ao decretos marianos dos concílios ecumênicos e dos dogmas da igreja. Ele apegou-se à crença de que Maria era virgem perpétua e Mãe de Deus (Theotokos). Uma atenção especial é dada a afirmação de que Lutero, cerca de trezentos anos antes da dogmatização da Imaculada Conceição pelo Papa Pio IX em 1854, era um firme adepto dessa visão. Outros sustentam que Lutero, nos últimos anos, mudou sua posição em relação a Imaculada Conceição, que naquele tempo era indefinido na Igreja (entretando, mantinha-se a idéia da impecabilidade de Maria ao longo de sua vida). Para Lutero, nos primeiros anos de sua vida, a Assunção de Maria foi um fato compreendido, embora posteriormente ele tenha deixado de celebrar essa festa afirmado que a Bíblia não diz nada sobre isso. "Ao longo de sua carreira como um padre, professor e reformador, Lutero pregou, ensinou e argumentou sobre a veneração a Maria com uma verbosidade que variava de piedade infantil a polêmicas sofisticadas. Suas opiniões estão intimamente ligadas à sua teologia cristocêntrica e suas conseqüências para a liturgia e a piedade". Lutero, ao mesmo tempo em que reverenciava Maria, chegou a criticar os "papistas" por ofuscar a admiração da alta graça de Deus com serviços religiosos dados a outras criaturas. Ele considerou a prática católica romana de celebrar o dia dos santos e fazer pedidos de intercessão dirigindo-se a eles e a Maria como idolatria. Suas considerações finais sobre a devoção e veneração mariana são preservadas em um sermão em Wittenberg, um mês antes de sua morte:

Portanto, quando pregamos a fé de que não devemos adorar nada além de Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, como dizemos no Credo: "Creio em Deus Pai todo-poderoso e em Jesus Cristo", então estamos permanecendo no templo de Jerusalém. Mais uma vez, "Este é meu Filho amado, ouvi-lo". "Você vai encontrá-lo numa manjedoura". Ele somente faz isso. Mas a razão diz o oposto: "O que, nós? Devemos adorar somente a Cristo? Na verdade, não deveríamos também homenagear a santa mãe de Cristo? Ela é a mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ouve-nos, Maria, porque o teu Filho a ti honra e ele não pode recusar-te nada. Aqui Bernardo foi longe demais em sua Homilies on the Gospel: Missus est Angelus. Deus ordenou que devemos honrar os pais, por isso clamo a Maria. Ela vai interceder por mim com o Filho e o Filho com o Pai, que vai ouvir o Filho. Então você tem a imagem de Deus com raiva e Cristo como juiz; Maria mostra a Cristo seu seio e Cristo mostra suas chagas para o Pai irado (...) Maria é a mãe de Cristo, certamente Cristo irá ouvi-la; Cristo é um juiz severo, por isso clamo a São Jorge ou a São Cristóvão. Não, temos sido por ordem de Deus batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, assim como os judeus eram circuncidados.
No entanto, certas igrejas luteranas, como a Igreja Católica Anglo-Luterana, continuam a venerar Maria e os santos da mesma forma que os católicos romanos fazem, sustentando todos os dogmas marianos como parte de sua fé.

No Metodismo
Na Igreja Metodista Unida, bem como em outras igrejas metodistas, não há escritos oficiais ou ensinamentos sobre a Virgem Maria, exceto o que é mencionado na Bíblia e nos credos ecumênicos. Acreditam que Cristo foi concebido no ventre de Maria por meio do Espírito Santo e que ela deu à luz como uma virgem. John Wesley, clérigo anglicano fundador do movimento metodista, acreditava que a Virgem Maria foi uma virgem perpétua, ou seja, ela nunca teve relações sexuais. A Igreja sustenta que Maria era virgem antes, durante e imediatamente após o nascimento de Cristo. Enquanto muitos metodistas rejeitam este conceito, outros acreditam.
John Wesley, em uma carta a um amigo católico romano, declarou que:

"A Santíssima Virgem Maria, que, assim como depois, quando ela o trouxe, continuou uma pura e imaculada virgem."
O artigo II dos Artigos de Religião da Igreja Metodista afirma que:

O Filho, que é a Palavra do Pai, o Deus verdadeiro e eterno, de uma substância com o Pai, tomou a natureza humana no ventre da Virgem Maria, de modo que duas naturezas inteiras e perfeitas, isto é, a divina e a humana, foram unidas em uma só pessoa, para nunca mais ser dividida, e do qual é Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que realmente sofreu, foi crucificado, morto e sepultado, para reconciliar seu Pai conosco, para ser um sacrifício, não só pela culpa original, mas também pelos pecados atuais dos homens.
A partir daí, a Virgem Maria é considerada a Theotokos (ou Mãe de Deus) na Igreja Metodista, embora o termo normalmente seja usado pela "Alta Igreja" e por evangélicos católicos.
O artigo II de A Confissão de Fé do Livro da Disciplina" afirma:

Nós acreditamos em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, em quem as naturezas divina e humana são perfeitamente e inseparavelmente unidas. Ele é o Verbo eterno feito carne, o Filho unigênito do Pai, nascido da Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo. Como servo ele viveu, sofreu e morreu na cruz. Ele foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu para estar com o Pai, de onde ele deve retornar. Ele é eterno Salvador e Mediador, que intercede por nós e por ele todas as pessoas serão julgadas.
A partir desta afirmação, metodistas rejeitam as idéias católicas de Maria como corredentora e medianeira da fé. As Igrejas Metodistas não concordam com a veneração dos santos, de Maria e de relíquias, acreditando que a reverência e louvor são unicamente para Deus. No entanto, estudando a vida de Maria e as biografias de santos, é considerado adequado a visão deles como exemplos de bons cristãos. As Igrejas Metodistas rejeitam as doutrinas da Imaculada Conceição e da Assunção de Maria, afirmando que Cristo foi a única pessoa a viver uma vida sem pecado e subiu de corpo e alma ao céu.

Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Na primeira edição do Livro de Mórmon (1830), Maria foi referida como "a mãe de Deus, à maneira da carne", frase que foi alterada por Joseph Smith para "mãe do Filho de Deus" em todas as seguintes edições (1837).

No Antitrinitarismo
Antitrinitários, como os unitaristas, cristadelfianos e as testemunhas de Jeová consideram Maria como a mãe de Jesus. Eles não consideram Jesus como Deus e não consideram Maria como a Mãe de Deus. Igrejas não trinitárias costumam crer no mortalismo, orações e práticas devocionais a Maria (a quem eles consideram estar em "sono profundo" aguardando a ressurreição) não fazem parte de suas doutrinas. Emanuel Swedenborg diz que Deus não poderia abordar diretamente os maus espíritos para resgatar os bons espíritos sem destruí-los (Êxodo 33:20, João 1:18), assim, Deus engravidou Maria dando a Jesus Cristo o acesso para o mal da hereditariedade da raça humana, a qual ele poderia se aproximar, redimir e salvar.

No Islamismo
Maryam (Maria) com seu filho Isa (Jesus), miniatura persa.
Maria, a mãe de Jesus, é mencionada como Maryam no Alcorão, onde aparece mais do que em todo o Novo Testamento. Ela desfruta de uma posição singularmente distinta e honrada entre as mulheres no Alcorão. Uma Sura (capítulo) do Alcorão é intitulada "Maryam" (Maria), a única Sura do Alcorão com o nome de uma mulher, em que a história de Maria (Maryam) e Jesus (Isa) é contada segundo a visão islâmica
Ela é mencionada no Alcorão com o título de Nossa Senhora (syyidatuna), filha de Imran e Hannah.
Ela é a única mulher nomeada diretamente no Alcorão, declarada (junto com Jesus) ser um sinal de Deus para a humanidade (Al-Muminun, 23:50); aquela que guardava a sua castidade; a obediente (At-Tahrim, 66:12); escolhida por sua mãe e dedicada a Deus, enquanto ainda estava no ventre (Al-i-Imran, 3:36); exclusivamente (entre mulheres) aceita em serviço de Deus, entregue aos cuidados de um dos profetas do Islã, Zakariya (Zacarias) (Al-i-Imran, 3:37); em sua infância residiu no Templo de Salomão e tinha acesso exclusivo ao Al-Mihrab (entende-se como o Santo dos Santos) (Al-i-Imran, 3:37).
Maria também é chamada de a escolhida, a purificada (Al-i-Imran, 3:42); a sinceríssima (Al-Ma'ida, 5:75); seu filho foi concebido por meio da ação de Deus (Al-i-Imran, 3:45); e exaltada acima de todas as mulheres da humanidade (Al-i-Imran, 3:42).
O Alcorão relata narrativas detalhadas de Maryam (Maria) em dois lugares, Sura 3 e Sura 19. As crenças de que Maria foi concebida sem pecado e que ela permaneceu virgem após o parto são aceitas pelos muçulmanos. O relato feito na Sura 19 do Alcorão é quase idêntica ao Evangelho de Lucas, ambos começam com a visita de um anjo a Zakariya (Zacarias) com a boa nova do nascimento de Yahya (João Batista), seguido pela anunciação.
Na tradição islâmica, Maria e Jesus eram as únicas crianças que não poderiam ser tocadas por Satanás no momento de seu nascimento, pois Deus impôs um véu entre eles e o anjo caído. Segundo o autor Shabbir Akhtar, a perspectiva islâmica sobre a Imaculada Conceição de Maria é compatível com a doutrina católica de mesmo nome.
O Alcorão diz que Jesus foi o resultado de um nascimento virginal. O relato mais detalhado da anunciação e nascimento de Jesus é fornecido na Sura 3 e 19 do Alcorão, onde está escrito que Deus enviou um anjo para anunciar que ela em breve teria um filho, apesar de ser uma virgem.

Outras perspectivas

No Paganismo Romano
Desde o início do cristianismo, a crença na virgindade de Maria e na concepção virginal de Jesus (como indicado nos evangelhos, fenômenos santos e sobrenaturais), foram usadas por detratores, políticos e religiosos, como tópicos de discussões, debates e escritos, especificamente destinados a desafiar a divindade de Jesus e, portanto, os cristãos e o cristianismo. No século II, o filósofo grego Celsus, defensor do politeísmo, sugeriu que Jesus era o filho ilegítimo de um soldado romano chamado Panthera, essa foi uma das primeiras polêmicas anti-cristãs. As opiniões de Celsus chamaram a atenção de Orígenes, padre da Igreja em Alexandria, Egito, que considerou o ponto de vista dele uma história inventada.O quanto Celsus se baseou em fontes judaicas continua a ser um tema de discussão.

No Judaísmo
A questão dos parentes de Jesus no Talmude também afeta a visão de sua mãe. No entanto, o Talmude não menciona Maria pelo nome e é atencioso ao invés de apenas polêmico. A história sobre Panthera também é encontrada no Toledot Yeshu, as origens literárias não podem ser rastreadas com toda a certeza, mas é improvável que seja anterior ao século IV, sendo tarde demais para incluir lembranças autênticas de Jesus. The Blackwell Companion to Jesus afirma que o Toledot Yeshu não tem fatos históricos e talvez tenha sido criado como uma ferramenta para afastar as conversões ao cristianismo.149 O nome Panthera pode ser uma distorção do termo parthenos (virgem), Raymond E. Brown considera a história uma explicação fantasiosa do nascimento de Jesus, que inclui pouquíssimas evidências.

Na Arábia do quarto século
De acordo com o heresiologista do século IV, Epifânio, em sua obra intitulada Panarion, a Virgem Maria era adorada como uma deusa mãe na seita árabe conhecida como coliridianismo, grupo composto principalmente por mulheres, tendo ainda muitas sacerdotisas que faziam oferendas de pães para a Virgem Maria, juntamente com outras práticas. O grupo foi condenado como herético pela Igreja Católica Romana.

Estudo do Jesus histórico
Até hoje estudiosos continuam a discutir a data do nascimento de Jesus a partir de várias perspectivas, incluindo análise textual, registros históricos e testemunhas pós-apostólicas. Bart D. Ehrman sugeriu que o método histórico nunca poderá comentar sobre a possibilidade de aspectos sobrenaturais.
A declaração em Mateus 1:25 de que "José não conheceu Maria até que ela deu à luz um filho" tem sido debatida entre os estudiosos, alguns sugerindo que Maria não permaneceu virgem durante toda a sua vida. Outros afirmam que palavra grega hoes (ou seja, "até") denota um estado até certo ponto, mas não significa que o estado terminou depois desse ponto, e que Mateus 1:25 não confirma ou nega a virgindade de Maria após o nascimento de Jesus.
Outros versos bíblicos também foram debatidos, como por exemplo, a referência em Romanos 1:3 de que Jesus vinha "da descendência de Davi segundo a carne", supondo-se que São José é o pai de Jesus. No entanto, a maioria dos estudiosos rejeitam essa interpretação, dado que Paulo usou a palavra grega genomenos (ou seja, tornar-se), a "descendência de Davi" provavelmente se refere a linhagem de Maria.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_(m%C3%A3e_de_Jesus).


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